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Várzea Grande mostra na FIT Pantanal o modo de fazer que resiste ao tempo

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Em rara oportunidade, visitantes estão tendo a oportunidade de acompanhar de perto a confecção artesanal da viola de cocho e das redes de Limpo Grande

“Minha família era toda ‘coruruíra’, cantava desde pequeno. Quando fui morar num lugar sem viola, derrubei uma madeira e fiz minha primeira, sem ferramenta nenhuma. Hoje tem até maquinário, mas naquele tempo era tudo no facão igual ‘tô’ fazendo aqui”.
Feita com madeiras como o sarã-de-leite e o cedro, a viola de cocho é esculpida de um único tronco, com corpo e braço curtos. Cada peça carrega a rusticidade e a beleza de um saber ancestral que é passado de geração em geração, uma cultura que Melitino mantém viva com paixão. “Pra mim, aos 75 anos, é um prazer mostrar esse trabalho. Tem gente que dá valor. Isso não tem preço”.
Ao lado, outra tradição ganha forma em fios coloridos e desenhos inspirados na fauna e flora do Cerrado e do Pantanal, são as redes artesanais das mulheres de Limpo Grande que transformam o conhecimento herdado de mães, avós e bisavós em arte e sustento.
Cristiane Clemente da Silva Almeida, integrante da TeceArte – Associação das Redeiras do Limpo Grande – tece ao vivo enquanto divide sua história com os visitantes. “Aprendi com minha mãe, que aprendeu com minha avó. Hoje, com meu filho pequeno, voltei a morar em Limpo Grande e achei na rede uma forma de trabalhar em casa. Antes, a gente mal conseguia vender. Agora, com apoio da prefeitura, estamos valorizadas, vendendo bem e vivendo da nossa arte”.
A TeceArte é formada por mulheres descendentes dos indígenas Guanás, povo originário da região. A presidente da associação, Jilaine Maria da Silva, explica que cada rede é única e feita à mão, em um processo que pode durar até dois meses. “Elas não são só artesanato, são arte. A técnica é ensinada de mãe pra filha. Cada desenho vem da natureza e da memória. Hoje, com orgulho, nos chamamos de artistas”.
As peças tecidas pelas mulheres da TeceArte também podem ser adquiridas na feira de artesanato da FIT Pantanal 2025 até, hoje, dia 8, último dia do evento.

Fonte: Prefeitura de Várzea Grande – MT

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Alunos concluem curso gratuito de Cozinha Industrial em Várzea Grande

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Com a certificação, as chances de inserção no mercado de trabalho e ao incentivo ao empreendedorismo, só aumentar a partir de agora

Doze alunos concluíram o curso de Cozinha Industrial oferecido gratuitamente pela Prefeitura de Várzea Grande, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, em parceria com o governo de Mato Grosso, pelo programa Ser Família Capacita, com execução do Senai-MT e apoio do Instituto Bom Jesus.

A capacitação teve carga horária de 220 horas/aulas e foi voltada às pessoas em situação de vulnerabilidade social. Todos os participantes receberam certificado, o que amplia as chances de inserção no mercado de trabalho e incentiva o empreendedorismo no setor de gastronomia.

“O objetivo é promover qualificação profissional, gerar renda e fortalecer a economia local”, afirmou a secretária de Assistência Social, Cristina Saito.

Segundo a supervisora de cursos da pasta, Rita Pizati, “o curso representa uma oportunidade concreta para quem busca melhorar de vida com dignidade e autonomia”.

A ação faz parte de um conjunto de iniciativas da Prefeitura para ampliar o acesso à educação profissional em Várzea Grande. Outros cursos gratuitos e certificados pelo Senai também estão em andamento no Município.

Fonte: Prefeitura de Várzea Grande – MT

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