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Semana começa com crise global e preços de commodities em queda livre

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A semana começou quente para o agro, com os mercados internacionais em queda livre após a confirmação do “tarifaço” imposto pelos Estados Unidos que entrou em vigor no último sábado (06.04). As bolsas de valores ao redor do mundo despencaram nesta segunda-feira (07), alimentando temores de uma nova guerra comercial entre EUA e China — cenário que já começa a afetar diretamente os preços da soja e de outras commodities agrícolas.

A tensão explodiu depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou um novo pacote de tarifas sobre produtos de diversos países. A China reagiu com força, impondo uma tarifa de 34% sobre todos os produtos importados dos EUA, válida a partir do dia 10.

O mercado global respondeu com pânico: só nesta segunda, as bolsas asiáticas e europeias voltaram a cair. A de Hong Kong desabou 13,22%, enquanto o índice CSI 1000, da China, caiu 11,39%. Foi o terceiro pregão seguido de queda expressiva.

No meio desse turbilhão, o contrato da soja com vencimento em maio de 2025 caiu 3,65% em Chicago, sendo negociado a US$ 9,73 o bushel — menor valor desde dezembro do ano passado. O recuo atingiu praticamente todas as commodities:

  • Milho CBOT: -1,18%

  • Trigo CBOT: -2,07%

  • Óleo de soja CBOT: -4,39%

  • Farelo de soja CBOT: -1,89%

  • Algodão NY: -6,05%

  • Cacau NY: -6,94%

  • Açúcar NY: -1,05%

  • Suco de laranja: -4,14%

A principal razão é a resposta agressiva da China, que acirrou as tensões e assustou os mercados. Além disso, as tarifas americanas também geram incertezas no próprio produtor dos EUA, que começa a rever decisões sobre a área a ser plantada.

Por outro lado, essa turbulência abre espaço para o Brasil. Com a China se afastando do mercado americano, cresce o interesse pelos grãos brasileiros. Isso elevou os prêmios pagos nos portos do país. Só nos últimos dois dias, os prêmios subiram entre 10 e 15 pontos. Na semana passada, giravam entre 50 e 60 pontos acima de Chicago. Hoje, chegam a 85, 90 e até 95 pontos.

No mercado da soja, o “prêmio” é um valor que o comprador paga a mais (ou a menos) sobre o preço da soja na Bolsa de Chicago. Funciona como um extra que varia conforme a procura pelo grão aqui no Brasil. Por exemplo: se Chicago mostra US$ 10 por bushel e o prêmio no porto é de 80 pontos, o produtor recebe US$ 10,80. Quando a demanda sobe, como agora com a China comprando mais do Brasil, esses prêmios também sobem — e isso pode compensar a queda da soja lá fora. Ou seja: mesmo com Chicago em baixa, o produtor pode ganhar mais se o prêmio estiver alto.

Mas nem tudo são flores. Apesar da alta nos prêmios, a queda em Chicago segura os preços internos da soja em reais. Nos portos, os valores se mantêm praticamente estáveis em relação à semana passada. Veja as cotações:

  • Abril/Maio: R$ 134 no porto de Paranaguá

  • Julho: R$ 138 a R$ 139

Há um mês, os preços estavam ligeiramente melhores, variando entre R$ 137 e R$ 142, segundo analistas de mercado.

Apesar do momento instável, os fundamentos do mercado agrícola seguem sólidos. Com exceção da soja — que nesta safra apresenta um leve excedente — os demais grãos têm produção abaixo do consumo global, o que pode puxar os preços para cima no médio e longo prazo.

“O mercado está fervendo agora por causa das retaliações, mas essa situação vai se acomodar. No fim das contas, se está produzindo menos do que se consome, o preço precisa subir. É a regra básica”, explica um analista.

Enquanto isso, o produtor rural deve acompanhar de perto os desdobramentos da guerra comercial, ficar atento à movimentação dos prêmios e buscar oportunidades de comercialização no momento certo, sem entrar no pânico do mercado.

Fonte: Pensar Agro

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Policial

PM prende faccionados com arma de fogo e 50 munições em Cáceres

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Policiais militares da Força Tática do 6º Comando Regional prenderam dois homens, de 24 e 25 anos, por porte ilegal de arma de fogo, na noite desta quinta-feira (10.7), em Cáceres. Com os suspeitos, foram encontrados uma pistola calibre 9 mm e 50 munições do mesmo calibre.

Durante patrulhamento tático pelo bairro São José, a equipe policial flagrou um homem em atitude suspeita, em uma motocicleta. Ele a pilotava em alta velocidade e com a lanterna do veículo queimada. Ao ver a viatura, o suspeito tentou fugir.

Os policiais realizaram a abordagem e encontraram 40 munições calibre 9 mm e um celular com uma localização aberta com ele. Questionado, o homem relatou à PM que tinha ido buscar as munições e estaria indo para o endereço da localização para se encontrar com outro homem, que estava de posse de uma pistola.

De imediato, a equipe se deslocou até o local indicado e flagrou o comparsa, em frente a uma residência. O suspeito tentou fugir para o interior da casa, mas foi abordado. Com ele, foi encontrada uma pistola calibre 9 mm com um carregador com dez munições do mesmo calibre.

Os homens relataram que são de outras cidades e estavam em Cáceres a mando de uma facção criminosa. Os policiais identificaram que a dupla possui passagens criminais por tráfico de drogas, homicídio e associação criminosa.

Diante dos fatos, os suspeitos foram encaminhados para a delegacia, com o material apreendido, para as providências que o caso requer.

Disque-denúncia

A sociedade pode contribuir com as ações da Polícia Militar de qualquer cidade do Estado, sem precisar se identificar, por meio do 190 ou 0800.065.3939.

*Sob supervisão Wellyngton Souza

Fonte: PM MT – MT

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