CUIABÁ
Secretaria Municipal de Saúde divulga o 1º Informe Epidemiológico de 2022 sobre a Covid-19
O ano de 2022 é o terceiro ano da pandemia de Covid-19 no mundo, iniciada em março de 2020. Em 29 de janeiro de 2022, o Brasil acumulava 25.214.622 casos confirmados de Covid-19 e 626.524 mortes. Nesta mesma data Mato Grosso registrava 619.729 casos confirmados e 14.009 óbitos por Covid-19 e Cuiabá 117.768 e 3.572, respectivamente.
Desde o final de 2021, o mundo vive rápida disseminação da nova variante Ômicron, com um grande crescimento de casos e demanda pelos serviços de saúde, incluindo internações em leitos de enfermaria e UTI. No Brasil, o cenário, no que se refere ao número de casos é um dos piores desde o início da pandemia e as taxas de ocupação de leitos se elevaram, tendo algumas unidades da federação e capitais retornado à zona de alerta crítico após um longo período de baixas taxas de ocupação. Ressaltamos que muitos leitos foram desativados e, portanto, o número de internações, especialmente em UTI, é muito menor que outros períodos da pandemia.
A taxa de transmissão do coronavírus no Brasil subiu para 1,78 nesta semana, sendo a mais alta para o país desde julho de 2020; na semana anterior o índice havia ficado em 1,355.
Destacamos que, com a elevadíssima transmissibilidade, mesmo uma proporção muito menor de casos gerando internações em UTI, estas incidem em números expressivos. Pessoas que já receberam a dose de reforço são pouco suscetíveis a essas internações, embora comorbidades graves ou idade avançada possam deixá-las vulneráveis. Contudo, a proporção da população que recebeu o reforço é muito baixa e, portanto, mais suscetível a formas mais graves da infecção pela Ômicron, bem como há ainda uma parte da população não vacinada, muito mais suscetível.
Neste sentido, em um cenário com alta transmissibilidade e infecções, e grande crescimento do número de casos e de demanda por serviços de saúde, é fundamental o fortalecimento de medidas de prevenção, com a obrigatoriedade de uso de máscaras em locais públicos, a exigência do passaporte vacinal e o estímulo ao distanciamento físico e higiene constante das mãos.
Para além da Covid-19, o Brasil vivencia a epidemia da Influenza A, subtipo H3N2 que tem demandado atenção pelo contingente de casos à procura dos serviços de saúde, incluindo internações. A propagação do vírus no país pode ter relação com a baixa cobertura vacinal contra a gripe e com a flexibilização das medidas de restrição e prevenção adotadas contra a Covid-19, tendo em vista que as medidas de prevenção e controle são as mesmas.
Desde o registro dos primeiros casos em Cuiabá, a Secretaria Municipal de Saúde, com apoio de pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso, publica o Informe Epidemiológico sobre a Covid-19, com o objetivo de monitorar o padrão de morbidade e mortalidade e descrever as características clínicas e epidemiológicas dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave – SRAG pelo SARS-Cov-2 em residentes no município de Cuiabá. Dando continuidade à divulgação de informações sobre a Covid-19 em Cuiabá, esse é o 66º informe produzido, no qual apresentamos as informações desde a data da notificação do primeiro caso em Cuiabá até a 24ª Semana Epidemiológica (SE), compreendendo o período de 14 de março de 2020 a 29 de janeiro de 2022. Neste informe, destaque especial será dado à vacinação contra Covid-19 em residentes em Cuiabá.
Destaques do período de 14 de março de 2020 a 29 de janeiro de 2022
– Foram registrados 117.923 casos de Covid-19 em residentes em Cuiabá, 95,3% recuperados; 12.526 internações e 3.572 mortes.
– Nas quatro primeiras semanas de 2022 (SE 01 a SE 04) foram notificados 3.044 casos (média de 761/semana), 146 internações (média de 111/semana) e 16 óbitos (média de 4/semana).
– Nas primeiras quatro semanas de 2022, a taxa de incidência na população geral cresceu 2,6%, enquanto que, em crianças (de 0 a 9 anos), o crescimento foi 7,6%.
– A taxa de internação aumentou 3,8% comparada a última semana de 2021, com destaque para o aumento entre crianças (18,8%), mais elevado que o observado entre idosos (4,6%).
– Entre 02 e 29 de janeiro de 2022 o número de internações aumentou cerca de seis vezes quando comparado com as quatro últimas semanas de 2021.
– Entre os pacientes internados com evolução do caso, 35,3% dos idosos (1.834/5.194), 15,8% (1.079/6.809) dos adultos, e 3,4% (18/523) das crianças e adolescentes foram a óbito.
– A taxa de ocupação de leitos de UTI adulto atingiu 100% em 29 de janeiro, a de UTI infantil, 77,8% e a de enfermaria 56,5%. Aumento expressivo quando comparadas àquelas observadas em 30 de dezembro de 2021 – 21,1%, 5,9% e 2,3%, respectivamente.
– A taxa de transmissão do vírus apresentou, na primeira semana de 2022, o maior valor (2,44) estimado desde o início da pandemia. Em todas as quatro primeiras semanas deste ano, o Rt esteve acima de 1,0.
– Um ano após o início da vacinação contra Covid-19 em Cuiabá, foram aplicadas 879.429 doses de vacina. Entre as pessoas com 12 anos e mais de idade que receberam a 1ª dose da vacina, cerca de 44 mil ainda não retornaram para a 2ª dose. O percentual de pessoas em atraso é ainda maior nas faixas etárias menores; em adolescentes (12 a 18 anos), 40% ainda não procuraram as unidades para receber a 2ª dose da vacina.
– O declínio de mortes por Covid-19 em residentes na capital vem ocorrendo desde maio de 2021, com maior intensidade a partir de outubro, resultado que pode ser atribuído à maior cobertura vacinal, principalmente nos idosos.
– A cobertura vacinal (duas doses/dose única) atingiu 73,8% da meta da população de 12 anos e mais de idade, índice ainda insuficiente em termos de saúde pública para um cenário de total segurança e com grandes diferenças entre os grupos etários, sendo a melhor cobertura em idosos de 80 anos e mais.

CUIABÁ
Secretária de Saúde ouve demandas de servidores da Vigilância Sanitária

A secretária municipal de Saúde de Cuiabá, Lúcia Helena Barboza, recebeu na quarta-feira (16), em seu gabinete, um grupo de fiscais da Vigilância Sanitária para discutir pautas consideradas prioritárias pela categoria. A reunião teve como objetivo ouvir as demandas dos fiscais e avaliar propostas que visam melhorar as condições de trabalho, a eficiência da fiscalização e a arrecadação municipal.
Durante o encontro, os servidores reforçaram que as reivindicações já foram apresentadas anteriormente ao prefeito de Cuiabá. As principais pautas giram em torno de três demandas: a criação de auxílio locomoção, a regulamentação da produtividade e a formação do CARVISA – Conselho de Recursos Administrativos da Vigilância Sanitária Municipal, para julgamento do Processo Administrativo Sanitário (PAS) em segunda instância.
A primeira reivindicação é a concessão de auxílio locomoção para os fiscais, algo que já ocorre em outras secretarias. Atualmente, a Vigilância Sanitária dispõe de apenas dois veículos oficiais, o que limita as ações de fiscalização. A vigilância conta atualmente com 60 fiscais atuando na cidade, o equivalente a 30 equipes.
Segundo os servidores, a falta de estrutura compromete diretamente a segurança da população e a arrecadação do município. Como exemplo, foi citado o novo decreto que antecipou o pagamento de alvarás para o início do ano. Somente nos dois primeiros meses de 2025, a arrecadação foi equivalente a todo o montante de 2024, mesmo sem a fiscalização efetiva de milhares de estabelecimentos que operam de forma irregular.
A segunda pauta é a regulamentação da produtividade, baseada em uma lei vigente que existe na Prefeitura desde 2005. A proposta prevê que as taxas arrecadadas com as fiscalizações subsidiem o pagamento dos fiscais, sem necessidade de novos recursos do Tesouro Municipal. O projeto inclui uma minuta de decreto já pronta, que regulamenta a Lei de 2005, e deverá ser encaminhada ao Prefeito para aprovação e publicação.
A terceira demanda é a criação do CARVISA – Conselho de Recursos Administrativos da Vigilância Sanitária Municipal, para julgamento do Processo Administrativo Sanitário (PAS) em segunda instância, previsto em lei, para analisar recursos de autos de infração. A proposta é que esse conselho seja formado dentro da própria Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, o que agilizaria os processos e traria mais efetividade à fiscalização e retorno financeiro ao município.
A secretária Lúcia Helena demonstrou sensibilidade às demandas apresentadas e reafirmou o compromisso da gestão em estruturar e valorizar o trabalho da Vigilância Sanitária, mesmo diante da atual situação de calamidade financeira enfrentada pelo município.
“São três pautas de fácil resolução, que vão trazer retorno direto à população e ao município. A fiscalização mais efetiva significa mais segurança sanitária e mais arrecadação. Sabemos que estamos em um momento delicado, mas nada impede que todos os estudos, minutas e trâmites sejam feitos agora, para que, assim que a calamidade financeira for encerrada, tudo esteja pronto para ser implementado imediatamente”, afirmou a secretária.
Ela também destacou que o planejamento está sendo feito da mesma forma como ocorreu recentemente com outras categorias da saúde, como o sindicato dos médicos.
“Nossa ideia é atender essas demandas o mais rápido possível. O que nos impede hoje é o decreto de calamidade, mas acreditamos que em 60 dias possamos superar essa fase, com fé em Deus, e colocar em prática tudo o que foi pactuado”, completou.
A diretora da Vigilância em Saúde, que também atua como fiscal sanitária, reforçou a importância do diálogo com a gestão. “Essa abertura que estamos tendo com a Secretaria é essencial para que possamos construir soluções reais. Nós estamos na ponta, conhecemos a realidade das ruas e sabemos o quanto essas medidas são urgentes. Não se trata apenas de valorização da categoria, mas de garantir que a fiscalização funcione de forma efetiva, com estrutura adequada e respaldo legal”, destacou a diretora.
A reunião foi considerada positiva pelos servidores da Vigilância Sanitária, que saíram do encontro com a expectativa de avanços concretos para o fortalecimento das ações de fiscalização em Cuiabá.
Fonte: Prefeitura de Cuiabá – MT
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