TCE MT
Saúde mental em foco: Corregedoria Day 2025 destaca cuidado como valor ético no TCE-MT

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Problemas relacionados à saúde mental afastaram mais de 440 mil brasileiros do trabalho em 2024, segundo o Ministério da Previdência Social. Muitos desses casos poderiam ter sido evitados com políticas de prevenção e cuidado — como a que já é desenvolvida pelo Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT). Com alta de 25,7% nos atendimentos psicológicos no ano passado, o foco da instituição agora é vencer as barreiras que ainda impedem mais servidores e colaboradores de buscar ajuda.
Para combater a desinformação e o preconceito sobre o tema, a campanha Corregedoria Day 2025, desenvolvida pela Corregedoria-Geral do TCE-MT, foca justamente no cuidado emocional como parte da ética institucional. Com apoio dos psicólogos do Núcleo de Qualidade de Vida no Trabalho (NQVT), a ação “Cuidar da saúde mental é um gesto ético com você, com o outro e com o serviço público” responde às principais dúvidas sobre esse acolhimento e mostra que cuidar da saúde mental é um gesto ético — com você, com o outro e com o serviço público.
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O corregedor-geral do TCE-MT, conselheiro José Carlos Novelli, destaca que manter a qualidade de vida se tornou um dos grandes desafios de todas as instituições. |
“Manter a qualidade de vida se tornou um dos grandes desafios de todas as instituições. Mais do que nunca, é preciso pensar em como construir um mundo mais harmônico, no qual seja possível equilibrar vida familiar e vida profissional”, explica o corregedor-geral, conselheiro José Carlos Novelli.
A psicóloga Samira Alves reforça que ambientes saudáveis funcionam como fator de proteção. Por outro lado, cenários marcados por estigma, discriminação, exposição a riscos e assédio afetam a saúde mental e a qualidade de vida de forma geral. E, quando um servidor adoece emocionalmente, não é apenas ele que sofre: relações familiares e de trabalho se desgastam, a produtividade cai e o clima organizacional se deteriora.
“Quando o servidor está emocionalmente equilibrado, ele se relaciona melhor, tem mais foco, mais energia e contribui mais. Já quando há sobrecarga, estigma ou isolamento, isso pode desencadear quadros graves”, afirma Samira.
Prevenção é o caminho
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Boa parte dos afastamentos registrados no país decorre de transtornos de ansiedade (141.414), episódios depressivos (113.604) e transtorno depressivo recorrente (52.627). Em todos esses casos, os sintomas normalmente se desenvolvem de forma lenta e silenciosa. Por isso, o psicólogo Marco Antônio de Araújo explica que é comum que muitas pessoas tenham dificuldade para identificar o momento certo de buscar apoio.
Ele reforça que o acolhimento precoce pode impedir que um desconforto emocional se torne um problema clínico. “A ansiedade, a depressão e o estresse agudo não surgem de repente. Eles nascem de rotinas desreguladas, da ausência de escuta, do acúmulo de sobrecarga. Muitos chegam aqui sem saber dizer o que estão sentindo. Às vezes dizem ‘está tudo bem’, mas no fundo estão travando batalhas silenciosas. A terapia ajuda a colocar isso em palavras e, a partir daí, começamos a trabalhar.”
Ética, escuta e sigilo
No núcleo, os atendimentos seguem os mesmos padrões técnicos da clínica particular: escuta individual, diagnóstico cuidadoso, planos terapêuticos e, quando necessário, encaminhamentos para especialidades externas. Ainda assim, entre as dúvidas mais comuns dos servidores está o medo de que o atendimento psicológico impacte negativamente a vida funcional.
Samira explica que essa preocupação, embora compreensível, é infundada. Isso porque o atendimento é 100% sigiloso, e nenhuma informação repassada aos psicólogos chega à chefia ou a outros setores. “Tudo que o servidor compartilha conosco é tratado com absoluto sigilo. Nosso compromisso é com o bem-estar emocional de cada pessoa, e isso começa com respeito e confiança.”
A psicóloga destaca que o sigilo, além de uma diretriz ética, tem também garantia legal e institucional. Dessa forma, os únicos impactos da terapia são positivos. “Quando você cuida da sua saúde mental, o impacto na sua produtividade e convivência é positivo”, acrescenta.
Mudança cultural
Marco avalia que, embora parte da sociedade ainda associe a saúde mental à fraqueza, uma outra parcela já demonstra mais atenção ao tema. “Hoje, muitos servidores que já passaram por atendimento indicam espontaneamente o serviço para colegas. Isso é um sinal claro de que estamos no caminho certo.”
Essa mudança é fundamental para acabar com o mito de que o apoio psicológico só é útil em situações extremas. “Quando se procura apoio ao primeiro sinal de esgotamento, as chances de sucesso são maiores. Fazer terapia é algo libertador. Muitas vezes, a gente não entende por que não consegue evoluir em certas áreas da vida. A terapia ajuda a se conhecer e a encontrar essas respostas. Isso muda tudo”, pontua Marco Antônio.
Acolhimento descomplicado
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Vinculado à Secretaria Executiva de Gestão de Pessoas, o NQVT oferece atendimento gratuito e conta com uma equipe multidisciplinar, composta por psicólogos clínicos e organizacionais, médicos, fisioterapeutas, dentista, enfermeira e profissionais de atividades físicas. No caso da psicologia, além das sessões individuais, dinâmicas de grupo e ações educativas nos setores permitem à equipe identificar sinais de sofrimento emocional antes que se agravem.
“Durante uma dinâmica de grupo, percebemos expressões de cansaço, impaciência ou retraimento. Muitas vezes o servidor não tem consciência de que está adoecendo. Nosso papel é oferecer um espaço de escuta e acolhimento antes que isso se transforme em um afastamento”, conta Samira.
Vale destacar que o acesso é simples e desburocratizado. Servidores, colaboradores e dependentes podem procurar diretamente a secretaria do núcleo e, na maioria dos casos, o acolhimento ocorre já na mesma semana.
TCE se antecipa à legislação
A partir de maio de 2025, entra em vigor — em caráter educativo — a atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), que passa a exigir das organizações, públicas e privadas, a avaliação de riscos psicossociais nos ambientes de trabalho. A nova diretriz reforça a necessidade de estruturas que promovam a saúde mental, reduzam afastamentos e aumentem a produtividade. Embora originalmente voltada ao setor privado, a NR-1 também se aplica à administração pública.
Nesse contexto, o TCE-MT se antecipa ao que será, em breve, uma exigência nacional. “Além de um compromisso ético com o bem-estar dos servidores, a atenção à saúde mental também está em conformidade com a legislação. O que fazemos aqui vai além do acolhimento: representa uma estratégia institucional de prevenção de riscos e de valorização do servidor”, conclui Novelli.
Corregedoria Day
A campanha integra o Corregedoria Day 2025, uma ação de alcance nacional voltada ao fortalecimento das corregedorias dos tribunais de contas. A iniciativa conta com o apoio da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon) e do Instituto Rui Barbosa (IRB), e neste ano tem como tema central a promoção da saúde mental como valor ético e estratégico nas instituições públicas.
Secretaria de Comunicação/TCE-MT
E-mail: [email protected]
Fonte: TCE MT – MT

TCE MT
Sérgio Ricardo determina auditoria nos radares de Cuiabá e Várzea Grande

Crédito: Arquivo Pessoal |
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Conselheiro-presidente, Sérgio Ricardo, determinou auditoria completa nos sistemas de radares eletrônicos. Clique aqui para ampliar. |
O presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), conselheiro Sérgio Ricardo, determinou a realização de uma auditoria completa nos sistemas de radares eletrônicos instalados em Cuiabá e Várzea Grande. A medida visa apurar indícios de irregularidades na aplicação de multas de trânsito e a destinação dos recursos arrecadados.
Segundo o presidente, há uma percepção consolidada na população de que os radares operam como uma “indústria de multas”, gerando penalidades em série contra motoristas sem a devida transparência. “Quero saber o volume de multas aplicadas, o total de recursos arrecadados e, principalmente, para onde foi esse dinheiro. A legislação é clara: esse valor deve ser investido em educação para o trânsito e melhorias no sistema viário”, declarou Sérgio Ricardo.
A auditoria, que será realizada pela equipe técnica do TCE-MT, também deve incluir a convocação das empresas responsáveis pela instalação e operação dos radares. O presidente determinou ainda o envio de um ofício ao Inmetro para obter informações sobre a última aferição dos equipamentos.
“Quero saber se os radares foram verificados, quando isso ocorreu, e se estão funcionando conforme os padrões legais. Se não houver conformidade, vamos recomendar o desligamento dos aparelhos, anulação das multas e até devolução do dinheiro já pago pelos motoristas”, asseverou.
Sérgio Ricardo lembrou que, em outra ocasião, já havia ingressado na Justiça contra a instalação de radares sem licitação e sem aferição técnica do Inmetro. Na época, a ação foi bem-sucedida: os equipamentos foram retirados, as multas canceladas e os valores devolvidos.
“O sistema atual desperta grande desconfiança na população de Cuiabá e Várzea Grande. O TCE está cumprindo seu papel constitucional de fiscalizador dos recursos públicos e muito em breve vamos apresentar os primeiros resultados dessa auditoria”, afirmou.
Essa desconfiança é corroborada, por exemplo, pelo advogado André Stumf. “Hoje, os radares têm apenas a finalidade de arrecadar e não de educar e melhorar o trânsito”, disse. Já o fisioterapeuta Rodolfo Coelho reclama da falta de retorno para a população.
“A revolta da gente é com as condições que tem tido a pista, para estacionar é uma dificuldade, que retorno temos tido? O radar é funcional sim, é muito benéfico, é essencial para controle, principalmente, perto de escola, de hospital, lugar de trânsito de grandes pessoas. Agora, a revolta é o que vem sendo feito para isso. Só me cobrar, me cobrar. Eu só tenho sido cobrado e não tenho recebido nada de volta”, declarou.
Já o advogado Paulo Ricardo Fortunato ponderou sobre as dificuldades burocráticas em relação às multas. “A gente vê uma reclamação muito grande de pessoas que não são notificadas para fazer a defesa ou apresenta a defesa e não tem respostas. O Poder Público, como sempre, deixa a gente na mão.”
A auditoria abrange todos os pontos monitorados por radares nas duas maiores cidades da Região Metropolitana de Cuiabá, com previsão de divulgação de relatórios preliminares nas próximas semanas.
Secretaria de Comunicação/TCE-MT
E-mail: [email protected]
Fonte: TCE MT – MT
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