TSE
Relatório da OEA exalta trabalho do TSE contra a desinformação e elogia organização das eleições durante a pandemia
Na manhã desta quarta-feira (2), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, participou de reunião no Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington, capital dos Estados Unidos. Na ocasião, o ministro recebeu o relatório final da Missão de Observação Eleitoral que acompanhou as Eleições Municipais de 2020 no Brasil.
O documento exalta a atuação da Justiça Eleitoral ao organizar eleições durante a pandemia de covid-19, especialmente no combate à desinformação a partir de parcerias firmadas com instituições médicas, cientistas, plataformas de internet e redes sociais e agências de fact checking. Conforme o relatório, a estratégia inovadora deve servir de exemplo para outros países.
“Por meio dos esforços conjuntos promovidos pela Justiça Eleitoral, realizaram-se acordos com essas empresas para promover o seu uso responsável e gerar mecanismos para reduzir as notícias falsas, parcerias de implementação inovadora nessas eleições e de utilidade para a região em matéria eleitoral”, diz o relatório.
Os observadores destacam procedimentos adotados como o adiamento das eleições e a ampliação do horário de votação com o objetivo de diminuir o risco de contágio durante a votação. O relatório também faz referência ao Plano de Segurança Sanitária elaborado pelo TSE em parceria com especialistas do Hospital Albert Einstein, do Hospital Sírio-Libanês e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O texto afirma que “a Missão reconhece a formulação e implementação do plano estratégico e das diversas ações levadas a cabo pelas instituições brasileiras para tomar decisões com base no cuidado da saúde dos cidadãos e garantir a realização das eleições nesse momento particular. As características da estratégia representam um modelo a ser incorporado em outros processos eleitorais na região”.
O documento ainda detalha as doações de materiais e serviços, com empresas e associações do setor privado que forneceram, gratuitamente, máscaras e protetores faciais de acrílico, canetas, álcool e adesivos para marcar os espaços de distanciamento nas seções eleitorais. “Esse tipo de parceria é muito positiva para a democracia e uma opção a ser considerada por outros países”.
O órgão apontou medidas como a página “Fato ou Boato”, utilizado para esclarecer eventuais boatos sobre o processo eleitoral e com acesso gratuito à página concedido pelas empresas de telecomunicações, mediante acordo firmado com o TSE.
Trabalho contínuo contra a desinformação
A OEA frisou que, apesar dos esforços e da redução de notícias falsas em relação a 2018, o problema da desinformação ainda persiste e as ações devem continuar. Nesse sentido, o órgão condenou ataques infundados ao sistema eleitoral brasileiro.
Conforme o texto, embora essas práticas continuem sendo um desafio, o impacto nas eleições de 2020 foi reduzido em comparação às Eleições 2018. “No entanto, observam-se com preocupação os ataques infundados ao órgão eleitoral por meio de notícias falsas. A MOE/OEA condena esse tipo de ações que busca desacreditar a institucionalidade eleitoral e não contribui para a saúde democrática do país.”
Barroso agradece participação da OEA
Ao falar durante o evento, o ministro Barroso reconheceu que “a desinformação continua sendo um problema que precisa ser enfrentado e estamos trabalhando nesse sentido para as próximas eleições”.
Ele acrescentou que a Justiça Eleitoral leva muito a sério as observações feitas pela OEA e ressaltou que “tem sido uma parceria que nos engrandece e nos permite o aprimoramento”. Conforme destacou o presidente do TSE, a democracia é, junto com a justiça social, a grande causa da humanidade e é preciso lutar para preservá-las.
“As democracias no mundo sofrem, hoje, o impacto de movimentos populistas autoritários e o impacto do uso abusivo das mídias sociais e nós precisamos estar atentos a esses dois fatores”, disse Barroso, ao acrescentar que “nosso papel é empurrar a história na direção certa e organismos como a OEA nos ajudam nessa missão”, finalizou.
Integrantes
A Missão de Observação Eleitoral da OEA (MOE/OEA) foi integrada pelo embaixador Agustín Espinosa Lloveras, que liderou o grupo, e outros 14 observadores e especialistas de nove nacionalidades. O organismo também participou das Eleições 2018 e deverá fazer uma nova missão em 2022, cujo modelo de trabalho ainda será definido.
CM/LG, DM
24.06.2021 – Observadores internacionais acompanham eleições brasileiras
30.11.2020 – Missão da OEA parabeniza TSE pelo sucesso no 2º turno das Eleições Municipais de 2020
19.11.2020 – OEA destaca atuação do TSE nas eleições durante pandemia e cita “sistema mais veloz de resultados oficiais na região”
TSE
TSE cria nova Assessoria com foco no combate à desinformação
Uma das principais preocupações da gestão do ministro Edson Fachin à frente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é o combate à desinformação. Exemplo disso é a criação da nova Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação.
A Assessoria Especial faz parte de um conjunto de ações do Programa de Enfrentamento à Desinformação, lançado em agosto de 2019 com foco nas Eleições 2020 e que se tornou permanente em agosto de 2021, após a assinatura da Portaria TSE nº 510/2021 pelo então presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso. O plano estratégico do Programa para as Eleições 2022 já está traçado.
De acordo com o assessor-chefe da nova pasta, Frederico Alvim, servidor do TSE e membro fundador da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep), o maior objetivo do Programa para este ano é intensificar o trabalho desenvolvido desde a última eleição para que a escolha dos eleitores por meio do voto seja legítima, sem interferência de campanhas difamatórias. “Estamos muito felizes com os resultados do trabalho até aqui. O Programa veio para ficar e tomou proporções maiores. O presidente Fachin entendeu que o momento era oportuno para oferecer uma estrutura permanente dentro do Tribunal”, ressalta.
A criação da nova Assessoria também tem relação com a identificação, pelo próprio TSE, da necessidade de adoção de um marco de trabalho específico para a (re)construção da reputação positiva da Corte perante a opinião pública, que deverá ser lançado em breve. “Aqui, além da defesa das instituições eleitorais, trabalharemos para reforçar nossos valores, que se pautam na excelência e no profissionalismo de todos que integram a Justiça Eleitoral, bem como no alto grau de confiabilidade das eleições que planejamos e entregamos”, destaca Alvim.
Ainda segundo ele, a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação trabalhará com um novo Programa de fortalecimento institucional da Corte, feito a partir da gestão da imagem da Justiça Eleitoral. “Há 90 anos, prestamos diversos serviços de qualidade e, em função disso, nossa equipe foi montada de forma variada, multidisciplinar, com profissionais de Tecnologia, Comunicação e Ciência Política, tudo com vistas a reforçar a eficiência do nosso programa e a imagem positiva construída pelo TSE ao longo desse tempo”, completa.
JM/LC
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