Policial
Proposta de taxar LCAs preocupa o setor e ameaça principal fonte de crédito rural

A proposta do governo federal de aplicar uma alíquota de 5% sobre as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) gerou forte reação do setor agropecuário e de entidades representativas do agronegócio. As LCAs são títulos de renda fixa emitidos por instituições financeiras para captar recursos que são, por obrigação, direcionados ao financiamento da atividade rural. Por serem isentas de Imposto de Renda para pessoas físicas, esses papéis têm atraído grande volume de investidores, consolidando-se como uma das principais fontes de crédito livre para o campo.
De julho de 2024 a março de 2025, as LCAs foram responsáveis por liberar R$ 68,8 bilhões em crédito rural — valor que coloca esse instrumento como a principal fonte de recursos não controlados no âmbito do Plano Safra. A proposta do governo de tributar esse mecanismo, como alternativa à elevação do IOF, foi apresentada ao Congresso no domingo (08.06), mas imediatamente gerou reações de parlamentares da bancada do agro e de lideranças institucionais do setor.
O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Pedro Lupion, reagiu à proposta do governo federal: “A resposta apresentada pelo governo é a taxação, ou seja, aumentar impostos de LCAs, LCIS, debêntures incentivadas, algo que funciona muito bem no mercado e que significa boa parte do financiamento do setor agropecuário. A gente simplesmente não pode aceitar”, afirmou Lupion em vídeo divulgado à imprensa (assista abaixo).
A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) alertou para os efeitos colaterais da medida. Segundo a entidade, o peso das LCAs na composição total do crédito rural já vem caindo: de 43% na safra passada para 29% na atual (julho a maio), o que reflete menor atratividade dos papéis, em parte devido à carência mínima exigida pelas regras do Conselho Monetário Nacional (CMN). A eventual tributação, segundo a CNA, poderá agravar essa tendência e comprometer a oferta de funding para produtores.
Para o presidente do Instituto do Agronegócio (IA), Isan Rezende (foto), a proposta representa um contrassenso diante da importância estratégica das LCAs. “Estamos falando de um instrumento que viabiliza o financiamento direto da produção. Taxar isso é como cortar a linha de oxigênio de quem alimenta o país. É inadmissível”, disparou Rezende.
Isan também alertou para a insegurança jurídica que a medida pode gerar. “O investidor que aplica em LCA é, muitas vezes, um pequeno poupador que buscou uma aplicação segura e isenta, como sempre foi. Mudar as regras no meio do jogo afugenta o capital privado que sustenta o crédito rural”, afirmou.
Segundo o dirigente do IA, o governo deveria, antes de pensar em novos tributos, olhar para a racionalização do gasto público. “Não se trata de proteger privilégio, mas de garantir uma política agrícola funcional. A resposta fiscal não pode ser sempre o aumento de impostos. Cortar desperdícios e otimizar a máquina pública deveria ser a prioridade”.
O setor defende a manutenção da isenção tributária das LCAs para pessoas físicas, além de ajustes técnicos para preservar a atratividade do título. A CNA, por exemplo, propõe ampliar a exigibilidade das LCAs no crédito rural para 85%, reduzir o prazo mínimo de rentabilidade para 90 dias e garantir que os estoques de LCA mantenham sua validade contratual mesmo após mudanças regulatórias.
Ainda não há uma definição sobre o futuro da proposta. O que é certo, porém, é que qualquer mudança nas regras das LCAs terá impacto direto no volume de crédito disponível ao produtor rural, em um momento de incerteza nos mercados e de pressão crescente sobre os custos de produção.
Fonte: Pensar Agro

Policial
Polícia Civil cumpre 280 ordens judiciais com foco na desarticulação de facção criminosa em Mato Grosso

A Polícia Civil cumpre, na manhã desta terça-feira (17.6), 280 ordens judiciais na Operação Joia Rara, deflagrada pela Delegacia de Guarantã do Norte com foco na desarticulação das atividades de uma facção criminosa envolvida em crimes em diversas cidades de Mato Grosso.
Dentre as ordens judiciais são cumpridos na operação, 60 mandados de prisão temporária, 14 mandados de prisão preventiva, 54 mandados de busca e apreensão domiciliar, além de outras medidas cautelares diversas, expedidas pela 5ª Vara do Crime Organizado de Sinop e pela Vara Única de Guarantã do Norte.
Foram mobilizados para a operação 240 policiais civis de todo o estado, que cumprem os mandados simultaneamente nas cidades de Guarantã do Norte, Novo Mundo, Alta Floresta, Sinop e Cuiabá. Treze lideranças da facção se encontram reclusas em presídios de Peixoto de Azevedo e Sinop, onde terão novos mandados de prisão cumpridos.
Entre os crimes investigados estão organização criminosa, tráfico de drogas e associação para o tráfico.
As investigações iniciadas há cerca de um ano pela Delegacia de Guarantã do Norte, sob a coordenação do delegado Waner dos Santos Neves, mapearam a atuação da facção, principalmente nas cidades de Guarantã do Norte e Novo Mundo, onde concentravam as atividades ilícitas do grupo criminoso.
A operação integra o planejamento estratégico da Polícia Civil por meio da operação Inter Partes, dentro do programa Tolerância Zero, do Governo de Mato Grosso, que tem intensificado o combate às facções criminosas em todo o Estado.
“As investigações apontaram a capilaridade da rede criminosa e a extensão do trabalho investigativo da Polícia Civil. A operação representa um marco na luta contra o crime organizado na região, visando trazer mais segurança e tranquilidade à população mato-grossense”, disse o delegado.
Novas informações sobre o balanço das prisões e apreensões deverão ser divulgadas ao longo do dia, à medida que a operação avança nas diferentes localidades.
Fonte: Policia Civil MT – MT
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