Prefeito e vereador de cidade mineira marcam luta de boxe
O prefeito de Santa Luzia, em Minas Gerais, Christiano Xavier (PSD), e o presidente da Câmara Municipal da cidade, Wander Carvalho Jr (PSD), marcaram uma luta de boxe entre eles para inaugurar o novo Centro Municipal de Lutas, no próximo dia 26 deste mês.
Nas redes sociais, os aliados de partido agora fazem provocações para animar o público. “Treinamento para moer no desafio. Vai ser pombo sem asa para todo lado”, escreveu o prefeito em uma postagem.
No vídeo em que aceita o desafio, o vereador dispara: “Respeito nossa amizade, mas vou encher sua cara de porrada.”
Luta no Amazonas
Em dezembro do ano passado, outra luta entre políticos repercutiu nas redes sociais e agitou o público. O prefeito da cidade de Borba, no interior do Amazonas, enfrentou um ex-vereador, que era um desafeto político. A luta entre o prefeito Simão Peixoto e Erineu Alves da Silva gerou polêmica. Após três rounds, o prefeito foi considerado o vencedor por decisão dividida.
O Ministério Público do Amazonas instaurou inquérito para apurar eventuais atos de improbidade administrativa e de infração político-administrativa. De acordo com o MP, será verificado se o evento foi bancado com dinheiro público.
O presidente havia dito que só indicaria o seu vice às vésperas da convenção partidária, mas antecipou o anúncio por dois motivos, segundo interlocutores: para encerrar especulação sobre Tereza Cristina e criar um “fato novo” para a campanha na tentativa de mudar a agenda.
Nos últimos dias, o governo enfrenta uma crise devido a prisão do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, por suspeitas de irregularidades na distribuição de recursos da pasta para prefeituras.
“Pretendo anunciar nos próximos dias o general Braga Netto como vice. Temos outros excelentes nomes como a Tereza Cristina (ex-ministra da Agricultura). O General Heleno quase foi meu vice lá atrás, entre tantos nomes de pessoas maravilhosas, fantásticas que vinham sendo trabalhados ao longo do tempo. Mas vice é só um”, afirmou, em uma entrevista concedida ao programa 4 por 4 no domingo, no YouTube.
Pessoas próximas ao presidente afirmam que ele não abriria mão de mais uma vez ter um general ao lado. Braga Netto é visto por Bolsonaro como um “seguro-impeachment” em um eventual segundo mandato, ou seja, alguém que a classe política não gostaria de alçar à condição de presidente, principalmente por se tratar de um general ainda próximo do comando das Forças Armadas.
Além disso, o ex-ministro da Defesa também cumpre a função de construir a imagem de que Bolsonaro tem o respaldo irrestrito dos militares. O apoio é considerado estratégico por Bolsonaro na sua ofensiva contra o sistema eleitoral. O presidente da República levantado dúvidas, sem provas, às urnas eletrônicas e defende uma participação ativa da Forças Armadas na fiscalização e apuração das eleições. Ele já disse, inclusive, que os militares não irão atuar como “espectadores”.
“Convidaram as Forças Armadas. As Forças Armadas não vão fazer apenas o papel de chancelar apenas o processo eleitoral, participar como espectadores do mesmo. Não vão fazer isso”, disse, em maio.
Braga Netto, que atualmente é assessor da Presidência, deixará o cargo nesta semana e passará a se dedicar integralmente à campanha. Como mostrou O GLOBO, o ex-ministro da Defesa passou a atuar como subcoordenador do projeto de reeleição. Além disso, deverá intensificar viagens pelo país.
Após a indicação de Bolsonaro na noite de domingo, aliados passaram a fazer comparações com o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), indicado para ser vice do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Montagens compararam uma foto recente de Alckmin com um boné do Movimento Sem Terra (MST) com imagens de Braga Netto com a farda do Exército. “A vida é feita de escolhas”, afirmou o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). “Nunca foi tão fácil escolher”, escreveu a deputada Bia Kicis (PL-DF).