Policial
Polícia Civil esclareceu 100% dos feminicídios de 2024 em MT e prendeu 73% do total de autores

A Polícia Civil de Mato Grosso esclareceu 100% dos 47 feminicídios ocorridos no Estado, em 2024, e prendeu 73% do total dos autores dos crimes. Os dados são do relatório elaborado pela Diretoria de Inteligência da instituição sobre os casos de assassinatos de mulheres registrados no último ano.
Ao todo, foram identificados 49 autores de feminicídios em 2024. Em dois dos 47 crimes registrados, houve dois autores. Um deles é o da agricultora e empresária Raquel Maziero Cattani, de 26 anos, assassinada pelo ex-marido e seu irmão, Romero e Rodrigo Xavier Mengarde, em Nova Mutum; e o segundo é da vítima Torrea Eskalati de Souza, 30 anos, que também foi assassinada pelo ex-companheiro e o irmão, Willian Jhonatan e Wender Dantas Bueno, em Várzea Grande.
Conforme o levantamento, 47% dos autores dos feminicídios foram presos em flagrante, e 26% presos posteriormente por mandados.
20% dos autores de feminicídio, registrados no último ano, estão mortos, sendo 4% em confronto com a polícia, e 16% que atentaram contra a própria vida depois de matarem as mulheres.
Um exemplo é o de Sônia Maria de Jesus Chaves, de 48 anos, que foi assassinada com uma facada no pescoço, em Pontes e Lacerda. O autor do crime, o namorado Valter Alves Rosa, de 67, deixou um áudio pedindo perdão à filha. Os dois foram encontrados mortos na varanda da casa do suspeito.
Outros 4% seguem foragidos, e 2% foram identificados, indiciados e respondem pelo crime em liberdade.
A Polícia Civil informa que já indiciou 96% dos autores de feminicídios de 2024. Os inquéritos já foram remetidos ao Poder Judiciário para a oferta de denúncia. Os 4% restantes das investigações dos assassinatos estão em fase de conclusão, mas com a autoria e a dinâmica já identificadas e esclarecidas.
Suspeitos já tinham históricos de violência contra as mulheres
55% dos autores dos crimes já tinham antecedentes criminais, sendo que 45% já haviam cometido violência doméstica contra suas parceiras atuais ou passadas.
Quando somada a violência familiar à doméstica, o número fica ainda mais alarmante: 76% dos assassinos já tinham passagem por crimes desse tipo (ameaça, injúria, lesão corporal, violência psicológica, violação de domicílio, calúnia, difamação, etc.) antes do assassinato ligado ao gênero.
Idade, cor, escolaridade e profissão
Quanto à idade, 67% dos feminicídas tinham idades entre 30 e 49 anos, 18% entre 18 e 29 anos, 12% entre 50 e 60 anos e somente 2% (um caso) era menor de idade.
A cor predominante entre os autores é a parda (73%), seguida pelos pretos (16%) e, por último, os brancos (10%).
O relatório também apontou o grau de escolaridade dos autores. 59% estudou até o ensino fundamental, 20% cursou até o ensino médio e somente 6% tinha formação no ensino superior. Em 14% dos casos, o dado não foi encontrado.
Além disso, 80% dos feminicídas tinham trabalho e renda financeira. As atividades profissionais dos autores são variadas, sendo pedreiro e operador de máquina as mais comuns entre todas. Sete não informaram nenhum dado quanto a profissão e somente três dos 49 suspeitos eram desempregados.
Os dados do relatório trazem uma análise sobre os feminicídios em Mato Grosso, apresentando padrões que levaram aos crimes, para criar estratégias para proteger as mulheres e combater a violência a doméstica e estrutural.
“Nunca é demais afirmar que o assassinato de mulheres e meninas é a manifestação de uma cultura de ódio expressada em formas diversas de discriminações de gênero. Esse fenômeno indica a urgência de medidas e ações interseccionais e intersetoriais, bem como do envolvimento de toda a sociedade no enfrentamento à violência de gênero e na prevenção desse fenômeno cultural que se manifesta nas relações sociais”, diz trecho do relatório.
Quebre o ciclo
Quando uma mulher sofre violência doméstica e familiar, ela pode buscar auxílio do Estado de forma presencial nas delegacias de Defesa da Mulher, núcleos de defesa da mulher ou delegacias municipais, ou por meio virtual pela Delegacia Digital (clique aqui para acessar).
As mulheres também podem buscar auxílio do SOS Mulher, disponível tanto pelo site (clique aqui para acessar), quanto por aplicativo de celular.
A partir deste momento, ela é ouvida e o profissional responsável entende quais providências ela necessita, elaborando o pedido de medida protetiva, caso desejado. Também há o encaminhamento desta vítima para uma rede de proteção.
Além do atendimento na unidade policial, a vítima de violência doméstica poderá ser encaminhada ao atendimento jurídico, psicológico, psicossocial e, caso necessário, também receberá o amparo assistencial fornecido pelo programa SER Família Mulher, que fornece um auxílio financeiro para a mulher sair de casa e não depender do agressor.
Fonte: Policia Civil MT – MT

Policial
Mandante do triplo homicídio no Pará é preso na Bolívia após investigação da Polícia Civil de MT

O mandante de um triplo homicídio que vitimou uma procuradora, a filha e uma funcionária, no ano de 2014, na cidade de Itaituba, no Pará, e que estava escondido em Mato Grosso, foi localizado na segunda-feira (17.3), na Bolívia.
A prisão do foragido foi realizada pela Força Especial de Luta Contra o Crime, da Polícia Nacional da Bolívia, após informações repassadas pela Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Gerência Estadual de Polinter e Capturas.
Apontado por encomendar a morte da ex-esposa, da própria filha e da funcionária da casa, por não aceitar o fim do casamento, o suspeito teve a prisão preventiva decretada pela Justiça do Estado do Pará, poucos dias depois do crime, e desde então vinha sendo procurado.
A Polinter foi acionada pela Polícia Civil do Pará, por meio do Núcleo de Apoio à Investigação do Baixo e Médio Amazonas do Núcleo de Inteligência Policial, em Santarém, para apurar as suspeitas de que o homem estava desde o ano de 2022 escondido em Cuiabá.
Com base nas informações a equipe de policiais civis mato-grossense passaram a diligenciar para identificar o paradeiro do procurado, e após trabalho de campo e campanas, descobriram que o criminoso havia foragido para o país da Bolívia.
Integração das Polícias
Diante da parceria da Polinter com as forças de segurança pública boliviana para prender foragidos de ambos países, foi solicitado apoio para cumprimento do mandado judicial, resultando na prisão do suspeito na cidade de San Ignacio de Veslasco.
O crime
A advogada e procuradora municipal, Leda Marta Lucyk dos Santos, de 40 anos, a sua filha, Hanna Estela, de 10 anos, e a funcionária da família, Taynara Siqueira, foram encontradas mortas dentro da loja da vítima, na noite do dia 22 de fevereiro de 2014, em Itaituba (PA).
As vítimas foram encontradas por um familiar, e a faca usada no triplo homicídio foi encontrada dentro de uma lixeira a cerca de 60 metros do local do crime.
Investigação
Durante as diligências para esclarecer os homicídios, a Polícia Civil do Pará identificou o ex-marido da advogada e procuradora municipal e pai da criança de 10 anos, como sendo o mandante do crime.
Recambiamento
Nesta quarta-feira (19.3), o preso será transferido da Bolívia para o município de Vila Bela da Santíssima Trindade, região oeste de Mato Grosso. Em seguida será encaminhado para Cuiabá para as providências cabíveis e posteriormente recambiado para o Estado do Pará.
Fonte: Policia Civil MT – MT
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