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Polícia Civil esclarece homicídio de jovem desaparecido em Tangará da Serra

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Assessoria/Polícia Civil-MT

A Polícia Civil, em investigações realizadas pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Delegacia de Tangará da Serra (239 km a médio-norte de Cuiabá), esclareceu o homicídio de um jovem que estava desaparecido desde o mês de junho de 2021, com a localização do corpo da vítima e a identificação de três envolvidos no crime.

Em operação, realizada manhã desta quarta-feira (02.02) foi dado cumprimento ao mandado de prisão temporária (30 dias) de um dos autores e as diligências seguem em andamento para prender outro suspeito que ainda está foragido.

O jovem, João Vitor de Jesus Soares, de 20 anos, estava desaparecido desde o dia 25 de junho de 2021, e teve o corpo localizado nesta quarta-feira (02), em uma região de mata a aproximadamente 30 quilômetros da cidade.

Segundo a delegada responsável pelas investigações, Alessandrah Marquez Alecrim, logo após o desaparecimento do jovem, a Polícia Civil representou por algumas medidas cautelares que foram deferidas pela Justiça, sendo ouvidas várias pessoas e traçada a linha de investigação, que foi confirmada durante a continuidade dos trabalhos.

O crime teria sido cometido por integrantes de uma facção criminosa, após uma briga em um bar, pelo fato de a vítima estar se relacionando com a mulher de um dos suspeitos. Na ocasião do crime, a vítima foi atraída para casa de um dos autores, que junto a um comparsa, iniciou as agressões. Em seguida, chega o terceiro suspeito que foi o responsável por levar todos os envolvidos até o local em que ocorreu o homicídio da vítima.

Com base nos levantamentos, foi possível identificar três envolvidos no crime, sendo representado pelos mandados de prisão temporária e de busca e apreensão contra os suspeitos.

“Hoje, a Polícia Civil cumpriu alguns desses mandados judiciais, sendo possível também localizar o corpo da vítima e comprovar, que de fato ele havia sido assassinado. É gratificante dar um desfecho para essa situação, uma vez que foi um trabalho de investigação longo, que demandou tempo, cruzamento de dados, troca de informações, reunindo esforços de vários setores da Polícia”, disse a delegada.

As diligências estão em andamento para prender o suspeito que continua foragido e as investigações continuam para esclarecer outros fatos do crime. A prisão temporária pode ser prorrogada por mais 30 dias, ou ao final do inquérito ser representado pela conversão da prisão temporária em preventiva.

Fonte: PJC MT

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Policial

Uso de drones na pulverização agrícola gera debate

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O uso de drones para a pulverização de defensivos agrícolas tem sido alvo de debates no Brasil, envolvendo associações de saúde pública e entidades ligadas ao agronegócio. Enquanto instituições como a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e a Fiocruz apontam riscos para a saúde humana e ambiental, pesquisas conduzidas por órgãos como a Embrapa mostram a eficiência dos drones no controle de pragas e doenças, especialmente em culturas como a soja.

Esta semana a Abrasco e a Fiocruz divulgaram um posicionamento oficial contra a pulverização aérea com drones. As entidades destacam que há “robustas evidências científicas” sobre os danos causados pela exposição a defensivos agrícolas. Citando casos de intoxicação e danos ambientais, a nota reforça os alertas apresentados em dossiês publicados entre 2015 e 2024.

O documento também defende legislações restritivas, como a Lei nº 16.820/19 do Ceará, que proíbe a pulverização aérea no estado. A medida, no entanto, voltou a ser discutida na Assembleia Legislativa, gerando preocupações em comunidades afetadas, como a Chapada do Apodi, onde foram relatados casos de câncer, malformações congênitas e outras doenças associadas ao uso de defensivos.

Segundo relatório da Comissão Pastoral da Terra (CPT), a contaminação por defensivos agrícolas em comunidades rurais aumentou quase dez vezes no primeiro semestre de 2024, sendo que 88% desses casos envolveram drones, conforme dados da Rede de Agroecologia do Maranhão (Rama).

OUTRO LADO – Pesquisas conduzidas pela Embrapa apontam que os drones são ferramentas promissoras na pulverização agrícola. Estudos realizados na safra 2020/2021 demonstraram que os equipamentos oferecem maior eficiência no controle de pragas como o percevejo-marrom e a lagarta-falsa-medideira em culturas de soja.

De acordo com os pesquisadores, os drones permitem a penetração do inseticida em partes da planta que métodos tradicionais, como tratores e borrifadores costais, não alcançam. Além disso, a tecnologia apresenta vantagens operacionais, como a possibilidade de aplicação em solos úmidos, logo após chuvas, e a redução do uso de água.

“O uso de drones melhora a precisão na aplicação, evitando o amassamento da lavoura e utilizando menos recursos, como combustíveis fósseis e água. Isso os torna ideais para áreas pequenas, locais de difícil acesso ou aplicações localizadas”, explica Samuel Roggia, pesquisador da Embrapa.

Desde 2017, o uso de drones agrícolas no Brasil é regulamentado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), com regras complementares do Ministério da Agricultura (Mapa), como a exigência de cursos específicos e registro no Sistema Integrado de Produtos e Estabelecimentos Agropecuários (Sipeagro).

Apesar dos avanços, ainda existem desafios técnicos e econômicos. Segundo os pesquisadores, gargalos como a autonomia das baterias, o custo dos equipamentos e a necessidade de informações agronômicas mais detalhadas precisam ser superados para ampliar o uso da tecnologia no campo.

O agronegócio brasileiro vê na tecnologia dos drones uma ferramenta estratégica para aumentar a produtividade e reduzir custos. No entanto, o setor enfrenta resistência de entidades de saúde e movimentos sociais que questionam os impactos ambientais e humanos.

É crucial que o debate sobre a pulverização com drones leve em conta a importância do equilíbrio entre inovação tecnológica e segurança ambiental. Para os produtores rurais, especialmente os de pequeno e médio porte, a regulamentação clara e o apoio técnico podem fazer a diferença na adoção de práticas mais eficientes e sustentáveis, fortalecendo a posição do Brasil como líder na produção agrícola global.

Fonte: Pensar Agro

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