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Polícia Civil cumpre prisão de autor de homicídio de empresário ocorrido em novembro em Sorriso

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Assessoria/Polícia Civil-MT

O autor do homicídio que vitimou um agrônomo e dono de lotérica no município de Sorriso (442 km ao norte de Cuiabá) teve o mandado de prisão preventiva cumprido, nesta segunda-feira (31.01), após investigação realizada pela Polícia Civil no município.

O crime que vitimou o empresário, Pedro Rossi Neto, de 66 anos, ocorreu no dia 24 de novembro, na zona rural de Sorriso, ocasião em que a vítima foi encontrada já sem vida dentro do seu veículo, atingida por um disparo de arma de fogo.

Assim que foi acionada dos fatos, a equipe da Polícia Civil iniciou as investigações conseguindo identificar o autor do crime, como sendo um antigo funcionário da propriedade em que a vítima foi encontrada.

Segundo as investigações, o suspeito após realizar campanas em frente a chácara da vítima, aproveitou o momento em que o empresário desceu do veículo para abrir a porteira de sua propriedade para efetuar os disparos de arma de fogo.

Após ser atingida, a vítima conseguiu retornar para dentro do veículo, porém não resistiu aos ferimentos, sendo o corpo encontrado na manhã seguinte.

Com base no apurado, o delegado José Getúlio Daniel, representou pela prisão preventiva do suspeito que foi deferida pela Justiça e cumprida na manhã desta segunda-feira (31). Segundo o delegado, as investigações continuam para apurar a motivação específica do crime.

“Os indícios apontam que vítima e suspeito discutiram diversas vezes em decorrência da chácara e dos animais onde ocorreu o crime e local onde o suspeito já trabalhou”, disse o delegado.

Fonte: PJC MT

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Policial

Uso de drones na pulverização agrícola gera debate

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O uso de drones para a pulverização de defensivos agrícolas tem sido alvo de debates no Brasil, envolvendo associações de saúde pública e entidades ligadas ao agronegócio. Enquanto instituições como a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e a Fiocruz apontam riscos para a saúde humana e ambiental, pesquisas conduzidas por órgãos como a Embrapa mostram a eficiência dos drones no controle de pragas e doenças, especialmente em culturas como a soja.

Esta semana a Abrasco e a Fiocruz divulgaram um posicionamento oficial contra a pulverização aérea com drones. As entidades destacam que há “robustas evidências científicas” sobre os danos causados pela exposição a defensivos agrícolas. Citando casos de intoxicação e danos ambientais, a nota reforça os alertas apresentados em dossiês publicados entre 2015 e 2024.

O documento também defende legislações restritivas, como a Lei nº 16.820/19 do Ceará, que proíbe a pulverização aérea no estado. A medida, no entanto, voltou a ser discutida na Assembleia Legislativa, gerando preocupações em comunidades afetadas, como a Chapada do Apodi, onde foram relatados casos de câncer, malformações congênitas e outras doenças associadas ao uso de defensivos.

Segundo relatório da Comissão Pastoral da Terra (CPT), a contaminação por defensivos agrícolas em comunidades rurais aumentou quase dez vezes no primeiro semestre de 2024, sendo que 88% desses casos envolveram drones, conforme dados da Rede de Agroecologia do Maranhão (Rama).

OUTRO LADO – Pesquisas conduzidas pela Embrapa apontam que os drones são ferramentas promissoras na pulverização agrícola. Estudos realizados na safra 2020/2021 demonstraram que os equipamentos oferecem maior eficiência no controle de pragas como o percevejo-marrom e a lagarta-falsa-medideira em culturas de soja.

De acordo com os pesquisadores, os drones permitem a penetração do inseticida em partes da planta que métodos tradicionais, como tratores e borrifadores costais, não alcançam. Além disso, a tecnologia apresenta vantagens operacionais, como a possibilidade de aplicação em solos úmidos, logo após chuvas, e a redução do uso de água.

“O uso de drones melhora a precisão na aplicação, evitando o amassamento da lavoura e utilizando menos recursos, como combustíveis fósseis e água. Isso os torna ideais para áreas pequenas, locais de difícil acesso ou aplicações localizadas”, explica Samuel Roggia, pesquisador da Embrapa.

Desde 2017, o uso de drones agrícolas no Brasil é regulamentado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), com regras complementares do Ministério da Agricultura (Mapa), como a exigência de cursos específicos e registro no Sistema Integrado de Produtos e Estabelecimentos Agropecuários (Sipeagro).

Apesar dos avanços, ainda existem desafios técnicos e econômicos. Segundo os pesquisadores, gargalos como a autonomia das baterias, o custo dos equipamentos e a necessidade de informações agronômicas mais detalhadas precisam ser superados para ampliar o uso da tecnologia no campo.

O agronegócio brasileiro vê na tecnologia dos drones uma ferramenta estratégica para aumentar a produtividade e reduzir custos. No entanto, o setor enfrenta resistência de entidades de saúde e movimentos sociais que questionam os impactos ambientais e humanos.

É crucial que o debate sobre a pulverização com drones leve em conta a importância do equilíbrio entre inovação tecnológica e segurança ambiental. Para os produtores rurais, especialmente os de pequeno e médio porte, a regulamentação clara e o apoio técnico podem fazer a diferença na adoção de práticas mais eficientes e sustentáveis, fortalecendo a posição do Brasil como líder na produção agrícola global.

Fonte: Pensar Agro

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