TJ MT
Mais transparência: ordem cronológica de processos aptos a julgamento está disponível para consulta
Atendendo ao Princípio da Transparência o Departamento de Aprimoramento do Primeiro Grau (Dapi), ligado à Corregedoria-Geral do Poder Judiciário de Mato Grosso disponibilizou painel de business intelligence estruturado para atender o disposto no art. 12 do CPC, tornando pública a ordem cronológica de processos conclusos. Por meio desta, usuários e usuárias dos serviços judiciários poderão consultar qual a posição do processo de seu interesse na fila de processos que aguardam decisão judicial. “A entrega deste serviço atende a um reclamo antigo da classe jurídica. Primamos pela transparência e agilidade. O painel atende ao pedido formalizado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT) e representa mais um passo em nossa caminhada no sentido de ofertarmos serviços de excelência aos usuários do PJMT”, ressaltou o Corregedor-Geral da Justiça, desembargador José Zuquim Nogueira.
Ao utilizar a ferramenta disponibilizada pelo Dapi, o interessado/interessada escolhe a unidade judiciária na qual tramita seu processo e o painel disponibiliza uma visão geral dos processos organizados em ordem de conclusão. A listagem contém o número único do processo, a ordem da conclusão, o tipo e a data da conclusão, bem como qual a categoria de prioridade do processo (criança e adolescente, idoso, deficiência física ou mental, portador de doença grave, doença terminal e réu preso) e se o mesmo está incluído no acervo de metas. É ainda possível identificar o total de processos conclusos na unidade e em cada grupo de prioridades, bem como a data da última carga de dados disponibilizada no painel.
Os critérios são estabelecidos pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e seguem teor do artigo 12 do CPC. “Os juízes e os tribunais atenderão, preferencialmente, à ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão. § 1º A lista de processos aptos a julgamento deverá estar permanentemente à disposição para consulta pública em cartório e na rede mundial de computadores. § 2º Estão excluídos da regra do caput :I – as sentenças proferidas em audiência, homologatórias de acordo ou de improcedência liminar do pedido; II – o julgamento de processos em bloco para aplicação de tese jurídica firmada em julgamento de casos repetitivos; III – o julgamento de recursos repetitivos ou de incidente de resolução de demandas repetitivas, entre outros.”
O juiz auxiliar da CGJ, João Thiago de França Guerra, relata que o novo serviço atende a um pedido direto da OAB/MT. “É um produto que foi entregue para atender aos reiterados pedidos formulados por advogados, advogadas e pela própria OAB/MT. Investimos na transparência dos serviços judiciários e isto demonstra uma forma de respeito com nossos usuários/usuárias. Os resultados ajudam ao usuário a dimensionar suas expectativas em relação à entrega da prestação jurisdicional. Ele vai saber se está mais próximo ou mais distante de ter sua demanda apreciada pelo juiz”, explicou o juiz auxiliar.
“A consulta deve ser feita selecionando a unidade judiciária e localizando o processo na listagem disponibilizada. Também é possível pesquisar pelo número do processo. Devemos levar em consideração que os processos podem estar aguardando providências das mais variadas, as quais foram agrupadas em despachos, decisões ou sentenças. A consulta é pública e os dados são constantemente atualizados, mas podem não representar a situação do processo em tempo real, em razão da contínua produção de decisões”, acrescentou a auditora de gestão da Primeira Instância do foro judicial, Phiama Prado.
“Passamos por um período de ajustes e qualificação dos dados processuais para aumentar sua aderência ao padrão das Tabelas Processuais Unificadas do CNJ. Ela é quem traz as classes processuais, assuntos e movimentos. O maior grau de dificuldade enfrentado foi em relação aos processos que realmente estão conclusos no exato momento de se extrair as informações do banco de dados, pois passamos pela migração dos processos do Apolo para o PJe. Em 2021 as migrações foram intensificadas, somadas às limitações das ferramentas de migração foi um grande desafio para se ter dados efetivamente qualificados (confiáveis). O desenvolvimento do painel entre 1ª versão, homologação, prioridades legais, metas, identificação de processos suspensos e sobrestados, levou mais de 40 dias. Mas o processo de preparação e qualificação dos dados processuais tem sido realizado de forma prioritária pela CGJ desde o início desta gestão. Nossos dados, hoje, podem não estar 100% qualificados, mas estão bem mais confiáveis”, revelou a diretora do DAPI, Renata Bueno.
Facilidade no acesso – A pesquisa pode ser acessada de duas maneiras, ambas pelo site de serviços da Corregedoria-Geral da Justiça. www.corregedoria.tjmt.jus.br . Guia na parte azul: Serviços, formulário Advogados e na ultima opção: Art 12 – Ordem Cronológica Processos Conclusos. Ou ainda pelo Banner azul na área central do site: Art 12 do CPC-Ordem Cronológica.
Assessoria de imprensa da Corregedoria.
Fonte: Tribunal de Justiça de MT
TJ MT
2º Encontro de Acessibilidade amplia debates para ações de acolhimento de pessoas com deficiência
O 2º Encontro de Acessibilidade e Inclusão do Poder Judiciário de Mato Grosso reuniu especialistas, magistrados, pessoas com deficiência e seus familiares para um dia de proposições e compartilhamento de conhecimento sobre as necessidades e direitos das PCDs. O evento, realizado nesta sexta-feira (29 de novembro), no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), foi promovido pela Comissão de Acessibilidade e Inclusão.
Ao reunir todos os agentes envolvidos na promoção da acessibilidade, o TJMT reforçou o proposito de conscientizar e discutir ações concretas que garantam que as Pessoas com Deficiência tenham igualdade de acesso e participação no sistema judiciário.
“Precisamos tratar essa temática para orientação dos magistrados e servidores, pois isso vai de encontro com os anseios da sociedade que estão aflitos e precisam de acolhimento. Temos legislação específica aprovada pelo Congresso Nacional, resolução do CNJ, leis aprovadas pela Assembleia garantindo os direitos e precisamos reforçar esse trabalho”, destacou a presidente da Comissão de Acessibilidade e Inclusão, desembargadora Nilza Maria Pôssas de Carvalho.
Sensível à causa, a vice-presidente do TJMT, desembargadora Maria Erotides Kneip, recordou da importância da inclusão e os resultados obtidos com a integração de PCDs no TJMT. “Toda a digitalização dos processos do judiciário foram feitas por PCDs e sabemos da eficiência e produtividade que eles alcançam, sendo de pelo menos 25% maior”.
O presidente eleito do TJMT, desembargador José Zuquim Nogueira destacou que o respeito e conhecimento são fundamentais para a acessibilidade ser efetiva.
“Nós do judiciário estamos empenhados em fazer cumprir o que está na lei de acessibilidade, mas precisamos trabalhar para que ela seja realmente efetiva. Quando você fala em inclusão, principalmente em acessibilidade, você tem que ter um olhar no todo daqueles com deficiências visuais. O tema de acessibilidade é muito abrangente e precisamos trabalhar para acontecer uma mudança comportamental e principalmente de respeito”.
Palestra – Com o tema “Autismo e as terapias na visão científica e a sua importância para a qualidade de vida”, o neurologista pediátrico Thiago Gusmão, apresentou os impactos sociais, econômicos e pessoais causados por diagnósticos tardios e tratamentos ineficazes.
“O autismo também é saúde publicar. Sabemos que para cada 36 crianças uma tem o diagnóstico, mas não podemos esquecer o adulto que é de um para cada 45 adultos, isso no mundo. Então, estamos falando de quase 6 milhões no Brasil. Por isso, precisamos correr para levar informação para o judiciário, para o legislativo, também para a parte médica, ou seja, sair do gueto só do terapeuta, acho que é importante porque a gente dissemina a conscientização. Já acompanhamos e sabemos da importância da intervenção, e o impacto mundial da falta”.
O primeiro piloto de corrida diagnosticado com autismo no país, Dimy Kalinowski, fala com orgulho de suas habilidades e conquistas. “Participo de corridas e o que mais gosto de fazer é entrar e competir, e, sempre que possível, ganhar! Nessas horas sou o autista que ganho dos neuróticos”.
O jovem, que prefere não revelar a idade, foi diagnosticado ainda criança e contou com o acolhimento até completar 12 anos. A Mãe, Branca Fernandes Kalinowski, sempre ao lado do filho, usa o exemplo do filho para chamar atenção da necessidade de tratamento adequado para adolescentes e adultos em Mato Grosso.
“O Dimy é um autista nível 2 de suporte. Ele tem inabilidade social, ele tem estereotipias, que são movimentos que as pessoas conseguem perceber que ele é diferente. O mais importante é que, mesmo com estereotipias, ele está muito bem inserido no meio automobilístico. O automobilismo mostra que, sim, é possível ter um autista no seu convívio, competindo, sendo ativo, fazendo o que gosta, em perfeita comunhão com outros que não são atípicos, não são autistas, com uma comunidade típica”.
No encontro da manhã, houve também palestra com esclarecimentos sobre os direitos de aposentadoria especial às pessoas com deficiência, com a advogada Michele Barreto.
Durante o “2º Encontro de Acessibilidade e Inclusão do Poder Judiciário de Mato Grosso”, também foi realizada uma feira de produtos variados e alimentos, com familiares de PCD.
O evento também contou com a presença da defensora pública de Mato Grosso, Maria Luziane de Castro.
#Paratodosverem
Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Imagem 1: Imagem 1: A imagem mostra uma sala com várias fileiras de cadeiras, onde as pessoas estão sentadas de frente para um palco ou área de apresentação. Em primeiro plano, uma pessoa em uma cadeira de rodas está posicionada perto do corredor. As cadeiras estão dispostas em fileiras e as pessoas estão sentadas juntas. No palco, há uma tela de projeção exibindo conteúdo. Imagem 2: A imagem mostra um grupo de pessoas sentadas em fileiras. Em primeiro plano, há três mulheres e três homens, dentre elas as desembargadoras Maria Erotides Kneip e Nilza Maria Pôssas de Carvalho. Dentre os homens está o desembargador José Zuquim Nogueira. Imagem 3: A imagem mostra uma pessoa em pé em um palco, falando para uma plateia. O orador está posicionado à direita, atrás há duas bandeiras. Imagem 4: Um homem e uma mulher estão juntos, ambos vestindo camisas brancas com um desenho de peças de quebra-cabeça e um motivo de borboleta colorida. O homem é mais alto e a mulher está olhando para ele. Ao fundo, há uma parede com vários retratos emoldurados. Uma pessoa é visível à distância, parada em um corredor.
Priscilla Silva/Fotos: Maycon Xavier
Coordenadoria de Comunicação do TJMT
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