O avanço da variante Ômicron fez com que a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) autorizasse três empresas a voar com menor número de comissários de bordo por fata de pessoal: A Azul, a Gol e por último a Latam, que teve a permissão concedida nesta quarta-feira (19). A permissão dura até março e será monitorada pela agência.
As três empresas dominam os céus do país com 98,2% do mercado nacional de aviação em mãos.
Voos com até 150 passageiros poderão ter apenas três comissários seguindo a regra de manter um comissário para cada 50 passageiros.
No caso da Latam, a decisão afeta aeronaves Airbus A320 (que levam até 178 passageiros) e A321 (que levam até 198 passageiros).
Ao g1, a Latam confirmou que foi “oficialmente autorizada pela Aanc a reduzir o número de comissários em seus voos, em função do recente aumento de casos de Covid-19 e de influenza”.
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Segundo a companhia, “o pedido visa minimizar os impactos das dispensas médicas de seus funcionários, que têm ocasionado cancelamentos de voos”. Por fim, a companhia “reforça que não poupará esforços para seguir comunicando com antecedência aos seus clientes qualquer cancelamento de voo que se faça necessário”.
No início do ano a empresa cancelou 11 voos por conta das doenças. Na ocasião a Anac também monitorou as realocações dos passageiros.
A variante já preocupa o Ministério da Economia, que estuda reduzir a projeção de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) por conta do impacto em setores como o de aviação civil.
O líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), apresentou um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar o presidente Jair Bolsonaro (PL) por suposta interferência na Petrobras. A ação é motivada após o ex-presidente da companhia Roberto Castello Branco afirmar, em um grupo privado, que seu antigo telefone tinha provas que poderiam incriminar o mandatário.
Em um grupo privado de mensagens com economistas, Castello Branco diz que antigo seu celular corporativo tinha mensagens e áudios que provavam que Bolsonaro tinha interferido na Petrobras. O caso foi antecipado pelo site “Metrópoles”.
O aparelho foi devolvido à companhia após Castello Branco ter deixado a presidência da Petrobras, no início do ano passado. Na conversa, o ex-presidente não detalha quais seriam os crimes que Bolsonaro teria cometido.
No pedido ao STF, Randolfe pede, além da abertura do inquérito contra Bolsonaro, por parte da Procuradoria-Geral da República (PGR), que Castello Branco preste depoimento sobre o caso e que o celular citado seja apreendido para ser periciado. O senador pede também que as mensagens que eventualmente forem encontradas sejam divulgadas.
“Solicitamos a Vossa Excelência que se oficie ao Procurador-Geral da República para analisar a abertura de inquérito investigativo em face do Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, para que esclareçam os fatos e os eventuais crimes cometidos por ele contra o erário público, com a tomada urgente de depoimento do Sr. Roberto Castello Branco, ex-presidente da Petrobras, e de Rubem Novaes, ex-presidente do Banco do Brasil, bem como a tomada das medidas acautelatórias indispensáveis ao esclarecimentos dos fatos, tais como a busca e apreensão do telefone celular indicado, a sua perícia e a imediata publicidade sobre os conteúdos que digam respeito ao caso, que contempla manifesto interesse público subjacente”, disse no documento.
Randolfe pede ainda que a apreensão do celular seja feita o mais rápido possível a fim de evitar que o conteúdo das mensagens sejam apagados.
“Tal medida acautelatória é, por pressuposto, urgente, na medida em que há real risco de iminente apagamento de todos os dados que porventura impliquem o Presidente da República em atos criminosos.”