MATO GROSSO
Indea alerta que venda ambulante de mudas e sementes ameaça a agricultura de MT
O Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) alerta para a prática de compra e venda de mudas e sementes por ambulantes e em caminhões sem a devida procedência. A atividade pode soar como “inofensiva”, mas, além de ser prática ilegal, pode contribuir com a disseminação de pragas por materiais contaminados, ocasionando um grande prejuízo sanitário e financeiro aos cultivos do Estado de Mato Grosso.
Conforme a legislação vigente, tanto pela Lei de Proteção de Cultivares (nº 9456/1997), como pela Lei de Sementes e Mudas (nº 10.711/2003), é ilegal vender e comprar sementes e mudas piratas sem comprovação de procedência. Essa atitude pode ter como consequência a aplicação de multa, bem como a destruição do material sem possibilidade de indenização.
Nos últimos anos, a fiscalização do Indea tem constatado diversos veículos (de venda ambulante) desrespeitando a legislação vigente, principalmente de mudas. Quando uma situação dessas ocorre, os fiscais acionam a Polícia Militar e apreendem as sementes ou mudas, realizando a destruição das mesmas, conforme determina a legislação.
As sementes ou mudas produzidas e comercializadas por produtores não inscritos no Registro Nacional de Sementes e Mudas (Renasem) são conhecidas como sementes ou mudas “piratas”, pois não garantem a quem as utiliza ou adquire qualquer garantia quanto à qualidade e à sanidade desses materiais.
O diretor técnico do Indea, Renan Tomazele, relembrou a entrada de doenças como a Sigatoka-Negra e a Monilíase do cacaueiro e os prejuízos advindos com essas pragas que vieram para Mato Grosso de maneira “inofensiva”.
“A introdução e disseminação de pragas como da Sigatoka-negra (Mycosphaerella fijiensis), no cultivo de banana em 1999, destruiu bananais inteiros e levou ao abandono ou erradicação de expressivas áreas de cultivo em vários municípios, devido aos custos exigidos na tentativa de controlar a praga. O prejuízo não é somente sanitário, a sociedade colhe o desemprego, o êxodo rural, bem como o dano econômico aos produtores rurais, que inclusive ficam proibidos de comercializar para outros estados os frutos das áreas contaminadas que ainda restaram”.
O Brasil trava uma batalha para erradicar outra praga, a Monilíase do cacaueiro (Moniliophthora roreri), que foi detectada pela primeira vez no estado Acre, em 2021. A doença pode dizimar os cultivos dos hospedeiros, entre eles, o cacaueiro e o cupuaçuzeiro.
Mesmo sendo disseminada pelo vento, há fortes indícios de que o trânsito de material vegetal infectado pelo fungo foi a forma que fez com que a praga chegasse até o País. Caso a praga não seja erradicada e chegue aos cultivos comerciais de cacau e cupuaçu podem trazer prejuízos astronômicos, podendo inclusive inviabilizar o cultivo.
A coordenadora de Defesa Sanitária Vegetal do Indea, Silvana da Silva Amaral, ressalta a importância de a sociedade compreender o trabalho desempenhado pelo Indea, e alerta quanto aos perigos da aquisição de mudas e sementes sem origem.
“É preciso que a população compreenda o porquê do trabalho técnico que nós realizamos, abrace a causa e faça parte da defesa do nosso Estado, para que o trabalho seja efetivo. Não adquira mudas e sementes sem origem e de procedência duvidosa, porque você pode estar colocando em risco a sanidade vegetal do Estado e toda a cadeia econômica que depende dela, trazendo para os quintais e lavouras pragas que a princípio podem passar despercebidas, mas podem se revelar extremamente prejudiciais.”
MATO GROSSO
Sesp encerra o ano com mais de 1,1 mil crianças e adolescentes atendidos no programa Rede Cidadã
O Programa Rede Cidadã, da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT), atendeu 1.116 crianças e adolescentes em 2024. O programa desenvolve projetos e ações educacionais e esportivas para estudantes entre oito e 18 anos em vulnerabilidade, ou seja, que apresentam algum fator de risco social, como evasão escolar, pais cumprindo pena de privação de liberdade ou violência doméstica.
As atividades são realizadas em contraturno escolar, com o objetivo de prevenir a criminalidade e promover oportunidades futuras entre os participantes.
Neste ano, foram oferecidas atividades culturais como aulas de violão, teclado, artes, pintura em tela, coral e desenho. Além disso, práticas esportivas como taekwondo, futebol, handebol, karatê, futsal, vôlei e jiu-jitsu. Também foram ofertadas capacitações de informática básica e avançada e de auxiliar administrativo.
Crianças e adolescentes do programa participaram de seis campeonatos esportivos nos quais mais de 50 atletas conquistaram 59 medalhas. Entre as competições estavam os Campeonatos Estaduais de Jiu-jitsu e Taekwondo, além de um amistoso de futsal. O programa também foi representado em um evento cultural de dança, em que 11 alunas ganharam um troféu.
As ações são realizadas nos quatro polos do programa, sendo eles em Cuiabá, Várzea Grande, Cáceres, Rondonópolis e Nova Olímpia, e os participantes podem se matricular em mais de um projeto no mesmo período de tempo, de acordo com a disponibilidade.
O programa também acolhe os familiares dos alunos, atendendo cerca de 16.050 pessoas em 2024. Eles participam de ações como palestras e serviços aplicados pelo Rede Cidadã.
“Neste ano, em especial, estivemos mais presentes na vida de cada um de nossos alunos como uma família. Tivemos a oportunidade de recebê-los mais vezes durante a semana e com melhorias na qualidade do atendimento. Com os profissionais gabaritados que compõem nosso time, a qualidade da merenda ofertada e até o material de apoio utilizado pelo professor, impactamos muito no crescimento pessoal em cada um de nossos alunos, o que é motivo de enorme satisfação para nós”, afirmou a coordenadora do programa, Wilma Wellen Camilo Fernandes.
Na última quinta-feira (28.11), o programa iniciou as atividades de comemoração de fim de ano, com o recital de encerramento. Neste sábado (30) foi realizado um torneio de futebol e na próxima quarta-feira (04.12) ocorrerá a confraternização dos profissionais que trabalham no programa.
*Sob supervisão de Alecy Alves
Fonte: Governo MT – MT
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