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Em Guarapuava, Pitanga e Campo Mourão, perdas com a seca são generalizadas

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Uma comitiva formada por técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e da FAEP começou a percorrer as regiões produtoras do Paraná. O objetivo é avaliar os estragos causados pela estiagem severa que vem castigando o Estado há três anos, causando quebras graves na produção e grãos do estado, irradiando estes efeitos negativos também para outras cadeias produtivas. Também participam das reuniões representantes sindicais locais, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab) e outras entidades com atuação agropecuária.

O roteiro começou nesta segunda-feira (10) com as primeiras reuniões realizadas em Guarapuava e Pitanga, na região Centro Sul e Campo Mourão, no Noroeste. Cada encontro procura ouvir produtores e lideranças locais, além de representantes regionais da Seab. A FAEP participou das reuniões e da elaboração deste roteiro, que realiza seus encontros nos sindicatos rurais filiados à Federação.

Com isso, pretende-se avaliar in-loco a situação real das lavouras causada pela estiagem. O fruto destas reuniões será um relatório que será levado ao Mapa para que sejam definidas possíveis medidas de apoio aos produtores prejudicados. “O objetivo é monitorar quais atividades produtivas foram mais impactadas e discutir quais medidas podem ser adotadas”, afirmou o diretor do Departamento de Gestão de Riscos, da Secretaria de Política Agrícola do Mapa, Pedro Loyola.

Em Guarapuava, os relatos dos participantes deram conta de perdas nas lavouras de milho da ordem de 30%. Além da quebra no volume, a qualidade também foi afetada, com espigas malformadas e grãos chochos. Essa situação também impactou a produção de silagem e consequentemente a produção de leite. Outras culturas afetadas na região foram o mel, que aponta quebra na produção da ordem de 70%, tabaco e batata.

“Essa foi a pior estiagem que eu já passei”, afirmou o presidente do sindicato rural de Guarapuava, Rodolpho Botelho.

Pitanga

Situação semelhante foi apresentada na reunião realizada em uma estrutura do Sindicato Rural do município de Pitanga. Segundo os participantes, houve quebra expressiva no milho, entre 30% e 40% e no feijão, cultura importante na região, estas perdas foram da ordem de 60%.

A estiagem prolongada levou a prefeitura de Pitanga a determinar situação de emergência. De acordo com o presidente do sindicato rural do município, Luiz Zampier, esta foi a pior estiagem dos últimos 40 anos. “Nossa preocupação é que a soja estamos com uma perda média de 30%. O problema são as obrigações que o produtor tem com investimento em tecnologia, isso implica compromissos”, avalia.

Coamo

Em Campo Mourão (foto no topo da página) a terceira reunião desta segunda-feira (10) aconteceu na sede da Cooperativa Coamo. Os representantes da entidade apresentaram grande preocupação com a estrutura das empresas seguradoras em relação à quantidade de peritos e a demora na liberação das áreas para que possam ser feitos novos plantios.

De acordo com o presidente executivo da Credicoamo, Alcir José Goldoni, até o momento, 52% dos seguros dos cooperados já foram acionados, o que representa R$ 1,2 bilhão.  

Nos 25 municípios da região a quebra na soja foi superior a 45% e no milho acima de 54%. Segundo o representante da Seab na região, se somar-se a estas as perdas com o trigo e com o milho safrinha o prejuízo chega a R$ 6 bilhões.

Outra preocupação dos produtores presentes foi a quebra nos campos de sementes. De acordo com a Coamo, com a estiagem, estima-se uma quebra de 20% nas sementes de soja produzidas pela cooperativa.

Roteiro da comitiva

Segunda-feira (10): Guarapuava, Pitanga e Campo Mourão
Terça-feira (11): Maringá, Umuarama e Palotina
Quarta-feira (12): Toledo, Medianeira e Missal
Quinta-feira (13): Cascavel e Pato Branco
Sexta-feira (14): Prudentópolis

Ministra Tereza Cristina participa de reunião

A presença da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, está programada para o encontro de quinta-feira (13), em Cascavel. O presidente da FAEP, Ágide Meneguette, também participará da reunião neste mesmo dia, assim como outras lideranças políticas do agronegócio nacional. A cobertura completa de todas as reuniões, incluindo a de quinta-feira, pode ser acompanhada pelo site do Sistema FAEP/SENAR-PR e pelas redes sociais da entidade (basta procurar por Sistema FAEP).

Fonte: CNA Brasil

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AGRONEGÓCIO

Painel discute cooperação para financiamento da recuperação de áreas degradadas, saúde e conservação do solo

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A cooperação para o financiamento de longo prazo voltado à restauração de áreas degradadas, à saúde do solo e à conservação de terras no Brasil foi o tema do painel realizado com representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), na tarde desta segunda-feira (17), na Casa da Agricultura Sustentável da COP30, a AgriZone.

Durante o encontro, foram apresentadas as iniciativas do setor privado e público para a recuperação dos solos inférteis. Como por exemplo, a tecnologia desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), bioanálise de solo (BioAS). Esta tecnologia incorpora parâmetros biológicos às análises química e física dos solos.

O painel foi moderado pelo presidente da Câmara Agrocarbono Sustentável do Mapa, Eduardo Bastos, e contou com a participação do auditor fiscal federal agropecuário Luís Rangel, que destacou que a agricultura contribui para diversos aspectos da sociedade e que tecnologias voltadas para um solo saudável aumentam a capacidade produtiva agrícola do Brasil.

O Mapa possui políticas públicas voltadas para o solo, como o PronaSolos, que mapeia e interpreta os solos do país e reúne dados detalhados para orientar o uso sustentável da terra. O Programa Solo Vivo também integra esse esforço, promovendo a recuperação de áreas degradadas e fortalecendo a agricultura familiar por meio de capacitação, análises de solo e práticas de manejo sustentável. Já o Programa Caminho Verde Brasil prevê a recuperação de até 40 milhões de hectares de terras degradadas nos próximos dez anos.

Durante o painel, houve ainda o reconhecimento das ações de políticas públicas voltadas à recuperação de solos. A pesquisadora da Embrapa Cerrados, Ieda Mendes, e o head de Sustentabilidade e Assuntos Corporativos da Syngenta, Filipe Teixeira, foram reconhecidos como colaboradores relevantes do Plano ABC+.

Informação à imprensa
[email protected]

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

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