65 99672-5151 | 65 99935-8576

CUIABÁ

POLÍTICA NACIONAL

CTFC convidará novo ministro da Previdência para falar sobre fraudes

Publicado em

A Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle (CTFC) aprovou nesta terça-feira (6) convite ao atual ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, para prestar esclarecimentos sobre a fraude bilionária do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que lesou aposentados e pensionistas. 

Os senadores Sergio Moro (União-PR), Eduardo Girão (Novo-CE) e Dr. Hiran (PP-RR) apresentaram requerimentos de convite a partir da revelação, pela Operação Sem Desconto da Polícia Federal, de que entidades sindicais e associações de aposentados vinham aplicando, desde 2019, descontos mensais diretamente nos benefícios, sem consentimento formal dos segurados.

Líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA) enfatizou que “tudo isso que está sendo revelado foi feito por este governo”, que está investigando o caso. Ele se comprometeu que o ministro estará na comissão em audiência no dia 15 de maio.

— Ao acordarmos uma data mais recente para a presença do ministro, a gente vai dar uma resposta à sociedade. Porque os aposentados do Brasil estão muito preocupados. É importante saber responsabilidades, que estão sendo apuradas, mas principalmente como nós vamos fazer para ressarcir essa roubalheira das pessoas — disse Dr. Hiran, que preside a CTFC.

Sergio Moro afirmou que “há uma certa ansiedade dos aposentados e pensionistas em saber as providências tomadas para se estancar esse verdadeiro assalto ao bolso desses mais vulneráveis”.

Em 29 de abril, a CTFC aprovou convite ao então ministro da Previdência, Carlos Lupi, para depor sobre o esquema de fraude no INSS. Lupi pediu demissão em 2 de maio.

Fraude bilionária

Ao justificar o convite, Moro salientou que os valores descontados sem consentimento foram repassados às entidades e associações com base em Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) firmados com o INSS. As apurações, segundo o senador, apontam crimes de corrupção ativa e passiva, falsificação de documentos, organização criminosa, violação de sigilo funcional e lavagem de dinheiro. Estão sob investigação entidades que, entre 2019 e 2024, teriam movimentado ilegalmente cerca de R$ 6,3 bilhões.

— Precisamos entender aqui não só a dimensão dessa fraude bilionária, [mas também] a omissão da ação imediata do Ministério da Previdência Social quando foi advertido, expressamente sobre o problema e diante da escalada. Foi demitido Carlos Lupi [então ministro], acho que com atraso, pelo atual presidente Lula. E foi nomeado em substituição o ministro Wolney Queiroz, mas que era secretário Executivo da pasta e que também, nessa condição, tinha responsabilidade de zelar pelo dinheiro dos aposentados e pensionistas — afirmou o senador Moro.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

POLÍTICA NACIONAL

Projeto tipifica crime de ordem ilegal em território controlado por facção criminosa

Published

on

O Projeto de Lei 4335/24, do deputado Aluisio Mendes (Republicanos-MA), cria no Código Penal o crime de “ordem ilegal em área dominada por facção criminosa”. A proposta está em análise na Câmara dos Deputados.

O texto define o crime como ordenar ou constranger alguém a fazer o que a lei não manda ou deixar de fazer o que ela permite. A pena prevista é de 2 a 4 anos de reclusão, com possibilidade de aumentar em 1/3 se o crime acontecer no trânsito ou for motivado por disputa entre grupos criminosos.

Segundo Mendes, o crime de constrangimento legal – já previsto no Código Penal, com pena de 3 meses a 1 ano de detenção – não é suficiente para impedir membros de facção de ameaçar moradores de comunidades pobres.

“A norma penal deve estar atenta a esse novo tipo de criminalidade, que, conquanto não apresente resultado material muito evidente, como um homicídio ou roubo, já é hábil a provocar extrema instabilidade social”, disse.

Mendes afirmou que a proposta é uma homenagem à jovem Carolayne Barcelos, assassinada na cidade de Serra (ES) por não atender à ordem de criminosos para abrir as janelas do carro.

Próximos passos
A proposta será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, seguirá para o Plenário.

Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.

Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Natalia Doederlein

Fonte: Câmara dos Deputados

Continue Reading

MAIS LIDAS