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CT de Grãos da FAEP debate estratégias para enfrentar quebra da safra

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A seca no Paraná causou uma quebra significativa na safra de grãos e tem levado a uma corrida dos produtores rurais para renegociar dívidas de custeio e investimento e também para o acionamento de seguros agrícolas. O cenário foi detalhado durante reunião da Comissão Técnica (CT) de Cereais, Fibras e Oleaginosas do Sistema FAEP/SENAR-PR, realizada de forma remota, nesta quarta-feira (19). No encontro, os agricultores apontaram que todas as regiões do Estado foram afetadas pelo déficit hídrico, mas que a situação mais crítica ocorreu nas regiões Oeste, Noroeste e Sudoeste.

Ágide Meneguette, presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR, enfatizou que a entidade tem participado ativamente dos levantamentos a campo das necessidades dos produtores rurais nesse momento delicado. “O rombo é muito grande. O que tenho sentido até agora é que, conforme formos colher, o prejuízo vai aumentar. E os reflexos disso serão sentidos em toda a economia do Paraná, que depende do agronegócio para o dinheiro circular. Essa é a hora de usar todas as ferramentas que pudermos, seja no Congresso, na presidência, onde for, para conseguirmos minimizar os prejuízos e dar suporte aos agricultores e pecuaristas”, convocou Meneguette.

O presidente da CT, José Antonio Borghi, também pontuou a necessidade de os produtores se unirem mais do que nunca para reivindicar medidas de mitigação às perdas. “A situação é catastrófica. Lógico que pensamos mais no nosso negócio que é a produção de grãos, mas precisamos pensar de forma abrangente porque a quebra afeta todas as cadeias produtivas”, destacou. “Desde os anos 1970, nunca vi uma seca tão grande em novembro e dezembro e com essa duração”, completou.

O coordenador do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema FAEP/SENAR-PR, Jefrey Albers, relatou como foi a participação da entidade na comitiva do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) na viagem de apuração de perdas pelo Paraná, realizada entre os dias 10 e 14 de janeiro. “Reunimos os dados em um documento, junto com a Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab), Organização das Cooperativas (Ocepar) e Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetaep) e mandamos para o Mapa. Esperamos que isso ajude na abertura de novas possibilidades, recursos extraordinários e novas linhas de crédito”, aponta.

Além desse documento resultante da comitiva pelo Paraná que já está no Ministério da Agricultura, o Sistema FAEP/SENAR-PR também vai acionar as bancadas ligadas ao agronegócio no Congresso Nacional para que haja mobilização junto a deputados e senadores. A ideia é que sejam debatidas soluções também no âmbito do Poder Legislativo. O documento já foi elaborado e está em fase de entrega aos parlamentares.

Seguro e dívidas

Na rodada de conjuntura com os produtores rurais, alguns dos problemas que mais apareceram foram dúvidas em relação ao acionamento de seguro rural. Em 2020, o Sistema FAEP/SENAR-PR disponibilizou um curso sobre o assunto. Desde então, mais de 20 turmas foram realizadas, com mais de 700 concluintes. Entre os temas tratados nessa formação estão como funciona o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural Federal, aspectos sobre Zoneamento Agrícola de Risco Climático modalidades de seguros rurais, coberturas, perícia, custos/prêmio, entre outros.

Outro ponto que gerou dúvidas aos produtores foi a questão da renegociação de dívidas junto a instituições financeiras. A técnica Ana Paula Kowalski, do DTE, lembrou que a Federação elaborou uma Nota Técnica orientando os produtores sobre como devem agir para obter novos prazos. Além disso, um modelo de formulário a ser preenchido e levado no banco foi disponibilizado na seção Serviços do site do Sistema FAEP/SENAR-PR. Outro ponto que consta nesse mesmo documento é como o município pode decretar situação de emergência, status que pode facilitar a vida dos produtores rurais na hora de reivindicar novos prazos para pagamento de empréstimos.

Para acessar a Nota Técnica e baixar o formulário, clique aqui.

Para saber mais a respeito do curso de seguro rural, clique aqui.

Fonte: CNA Brasil

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AGRONEGÓCIO

TRIGO/CEPEA: Safra brasileira deve ser menor que em 2022

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Cepea, 20/06/2023 – O Brasil deve ter produção nacional de trigo um pouco menor neste ano. Apesar de a área a ser semeada no País superar a de 2022, a perspectiva é de queda na produtividade. Já na Argentina, estimativas atuais apontam recuperação da oferta nesta safra. A Conab aponta que a área com trigo no Brasil está prevista para ser 9,7% maior que a da temporada anterior, para 3,38 milhões de hectares. Todavia, as estimativas de produtividade se reduziram 0,2% frente ao apontado em maio, ficando 15,6% inferior a 2022, com média nacional de 2,88 toneladas/hectare. Também conforme dados da Conab, a produção da nova safra está projetada em 9,7 milhões de toneladas, 7,4% inferior à da temporada passada, que foi recorde. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Fonte: Diárias de Mercado

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