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Conseleite-PR: apesar da crise, lácteos começam 2022 com leve alta

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A primeira reunião de 2022 do Conseleite-PR apontou, nesta terça-feira (25), que mesmo com a longa crise que afeta a cadeia produtiva de lácteos, o valor de referência do leite em janeiro deve ensaiar uma leve alta. No encontro realizado de forma remota, por precaução contra a pandemia de Covid-19, o primeiro mês do ano tem perspectiva de fechar com o valor de referência (que serve como base para a livre negociação entre produtores e indústrias) de R$ 1,781 o litro, contra R$ 1,778 em dezembro, o que representa elevação de 0,19%. Já o mês de dezembro de 2021 apresentou cotação de R$ 1,773, contra R$ 1,739 no mês anterior (variação positiva de 1,98%).

A reunião sinalizou que 2022 se inicia de forma desafiadora, com custos de produção elevados e questões climáticas interferindo de forma significativa na produção em todo o Brasil. Se por um lado no Centro-Oeste, Norte e Nordeste há excesso de chuvas, no Sul a estiagem ainda cobra seu preço. Ainda assim, alguns produtos dentro do mix de comercialização conseguiram ter reação nos preços. No Paraná, o Conseleite mostra que dos 14 derivados monitorados, nove devem ter alta em janeiro e cinco quedas nas cotações, em função da lei de oferta e procura.

O presidente do Conseleite-PR, Wilson Thiesen, lembrou que além da pandemia em si, os reflexos na economia foram danosos de forma geral, o que afeta significativamente o equilíbrio da oferta e demanda do setor de lácteos. “Precisamos lembrar que o leite foi um dos mais atingidos nessa situação toda, pois além da Covid-19, tivemos seca e geada, o que impactou muito nos nossos custos de produção. Já passamos por outras crises antes, essa é uma das mais severas e esperamos que termine nesse ano”, pontuou.

O presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Ronei Volpi, corroborou com a preocupação de Thiesen. “Tenho visto uma situação inédita de venda de equipamentos por produtores, vários deixando a atividade e essa deve ser a tônica desse ano. Nós precisamos mais do que nunca apostar no diálogo com a indústria e na previsibilidade de preços envolvendo também o varejo para passarmos por esse momento e vislumbrarmos um futuro melhor para nossa atividade”, apontou.

Fonte: CNA Brasil

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AGRONEGÓCIO

Santa Catarina bate recorde histórico nas exportações de carne suína e impulsiona agronegócio no primeiro semestre de 2025

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Santa Catarina alcançou um marco histórico nas exportações de carne suína no primeiro semestre de 2025, consolidando sua posição como líder nacional no setor. Entre janeiro e junho, o estado exportou 369,2 mil toneladas, gerando receita recorde de US$ 904,1 milhões — o melhor desempenho em volume e valor desde o início da série histórica, em 1997.

Em junho, foram embarcadas 69,8 mil toneladas de carne suína, movimentando US$ 178 milhões, o maior faturamento mensal já registrado pelo setor e o segundo melhor volume da série. O crescimento foi puxado pela forte demanda de países asiáticos, especialmente Japão, China e Filipinas. O Japão, em particular, destacou-se com aumento de 58,1% nas receitas na comparação com o primeiro semestre de 2024. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e compilados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa).

Autoridades ressaltam confiança e qualidade

O governador Jorginho Mello destacou o rigor no controle sanitário como fator decisivo para a confiança dos mercados mais exigentes. “Temos um histórico de excelência com esses mercados e um potencial enorme. Recentemente, reforcei no Japão o pedido para autorizar a exportação de carne bovina catarinense. Estamos prontos para avançar”, afirmou.

O secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Carlos Chiodini, ressaltou que Santa Catarina foi responsável por mais de 53% das receitas nacionais com exportação de carne suína no período. “Este recorde reflete a expansão e diversificação de produtos e mercados, além da qualidade, sanidade e confiabilidade que entregamos”, complementou.

Exportações de frango mantêm desempenho positivo apesar de desafios

No segmento de frango, o estado também teve resultado positivo no primeiro semestre de 2025, com 573,1 mil toneladas exportadas e receita de US$ 1,18 bilhão — crescimento de 1,8% no volume e 9,9% nas receitas em relação ao mesmo período de 2024.

Porém, em junho, as exportações sofreram quedas de 6,3% em volume e 5,9% em faturamento, totalizando 76,4 mil toneladas e US$ 159,3 milhões. O recuo foi consequência dos embargos impostos por diversos países após a suspensão temporária das exportações devido a um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em granja no Rio Grande do Sul, que já foi declarado erradicado.

Chiodini afirmou que, mesmo diante dos embargos, o setor de frango manteve um desempenho sólido no semestre, demonstrando capacidade de adaptação e reforçando o compromisso com a defesa sanitária.

Recuperação parcial nas exportações de frango em junho

Alexandre Giehl, analista da Epagri/Cepa, destacou que em junho houve recuperação parcial nas exportações para mercados importantes, com crescimento expressivo nas vendas para Japão (136,9% em quantidade e 146,2% em receitas), Arábia Saudita (34% e 27,7%) e Emirados Árabes Unidos (87,2% e 75,9%).

Entre os dez principais importadores da carne de frango catarinense, apenas os Países Baixos registraram queda nas compras, o que impactou o total exportado pelo estado no mês.

Santa Catarina registra recorde em exportações totais de carnes

Considerando todas as carnes — frango, suína, bovina, peru e outras — o estado exportou 974,2 mil toneladas no primeiro semestre, com faturamento recorde de US$ 2,15 bilhões, o melhor resultado desde o início da série histórica em 1997.

Somente em junho, foram exportadas 151,4 mil toneladas, gerando receita de US$ 348,8 milhões.

Programa Estrada Boa Rural para fortalecer o agronegócio

Na primeira semana de julho, o governador Jorginho Mello lançou o Programa Estrada Boa Rural, que prevê investimento de R$ 2,5 bilhões para pavimentar 2.500 quilômetros de vias rurais em todos os 295 municípios catarinenses.

O objetivo do programa é melhorar a infraestrutura viária para reduzir os custos de transporte, facilitar o escoamento da produção agrícola e fortalecer a cadeia agroindustrial do estado, potencializando ainda mais o desempenho do agronegócio catarinense.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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