Saúde
Caminhos da Reportagem aborda os 40 anos da epidemia de aids
Publicados
23/01/2022Saúde


Quarenta anos depois do primeiro caso confirmado de síndrome da imunodeficiência adquirida (aids), a Organização das Nações Unidas (ONU) definiu metas para acabar com a epidemia da doença até 2030. O programa Caminhos da Reportagem que vai ao ar neste domingo (23), às 20h, conta histórias de quem vive com HIV e mostra como está a situação da doença no Brasil, quais as possibilidades de prevenção e tratamento e as dificuldades para acessá-las, além da expectativa por uma vacina contra o vírus.
O infectologista Ricardo Diaz acredita que temos os instrumentos para ver o desaparecimento de uma epidemia global e avançamos rapidamente para isso. Ariadne Ribeiro, assessora de apoio comunitário do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), criado em 1996 para criar soluções e ajudar nações no combate à aids, afirma que a instituição sonha em eliminar a doença, porque, se todas as pessoas vivendo com HIV tiverem seus tratamentos e quebrarem a cadeia de transmissão, não teremos novas infecções nem pessoas morrendo em decorrência da doença. Segundo o secretário de Vigilância à Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, o Brasil está caminhando para alcançar essa meta, classificada como ousada, mas possível.
Cazuza foi um dos primeiros artistas a falar publicamente sobre a aids. A mãe do cantor, Lucinha Araújo, acredita que ele deixou, além de belas canções, a coragem de enfrentar a doença. “Ele falou ‘Mamãe, quem canta Brasil mostra a sua cara não pode esconder a sua em um momento como esse’. E ele serviu também de exemplo para milhões de soropositivos mostrarem as suas caras”, explicou.
O jornalista Paulo Giacomini vive com HIV e está chegando aos 60 anos de idade. Ele afirma ser uma idade que nunca imaginou alcançar. “Para mim, é muito difícil chegar nessa idade e é muito difícil chegar com aids nessa idade. Eu tinha sonhos que eu tive que enterrar. Por muitos anos, eu fiquei esperando a morte”. Paulo faz acompanhamento de saúde no Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS de São Paulo.
A médica infectologista Rosa de Alencar é diretora adjunta do centro e explica que, quando a quantidade de vírus no organismo de uma pessoa está abaixo do nível que o exame consegue detectar, a carga viral se torna indetectável. “Quando acontece isso, se a pessoa está tomando remédio de forma regular, ela não transmite mais o vírus. Hoje, o tratamento é também uma forma de prevenção”. Ariadne Ribeiro lembra que a aids acontece em decorrência do não tratamento do HIV. “Quando a carga viral de um indivíduo está indetectável, o vírus que existe dentro dessa pessoa não tem força para transmitir. Então, a gente quebra a cadeia de transmissão e, quebrando a cadeia de transmissão, a gente elimina a aids”.
No Brasil, 694 mil pessoas estão em tratamento e, ao fazerem tratamento, 95% delas são consideradas indetectáveis e não transmitem o HIV por via sexual. É o caso da escritora Thais Renovatto. Vivendo com HIV, ela conta que, depois que começou o tratamento e ficou na condição de indetectável, percebeu que havia uma doença biológica e uma doença social, por conta do preconceito e da desinformação. A escritora diz que algumas pessoas reclamam quando ela fala do HIV de maneira leve. “Não estou banalizando a doença, mas, na minha ótica, hoje, dá para se viver muito bem e há muitas pessoas que vivem muito bem e que se escondem muito mais pelo estigma do que pela doença em si”.
O tratamento e as formas de prevenção evoluíram muito nos últimos 40 anos. Especialistas citam a Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) e a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) como ferramentas de impacto no controle da transmissão do HIV. E, enquanto cientistas tentam achar a cura definitiva para a aids e a ONU aposta que, com os tratamentos disponíveis, a doença pode deixar de ser um problema de saúde pública em 2030, estudos clínicos para o desenvolvimento de uma vacina são realizados em todo o mundo.
Um deles é o Projeto Mosaico, realizado no Hospital Emílio Ribas. Thiago Storari, estudante de direito, não tem HIV e é voluntário da pesquisa. Ele conta que uma das motivações para fazer parte do estudo foi o fato de ter perdido um tio em decorrência da aids. “No dia que foi confirmado que eu ia fazer parte do estudo, eu mandei no grupo da família e minha tia falou: ‘Que coisa gostosa saber que meu irmão morreu por conta desse vírus e, hoje, o meu sobrinho tem a chance de ajudar a ciência a desenvolver um passo importante na prevenção contra o HIV”.
Ficha técnica
Reportagem: Gracielly Bittencourt
Produção: Pollyane Marques
Apoio à produção: Julia Ballarini, Lisele Félix (TVE RS), Naiara Ribeiro e Priscila Kerche.
Imagens: André Rodrigo Pacheco, William Sales
Apoio às imagens: Cadu Pinotti, JK Marinho (TVE RS), João Marcos Barbosa, Rogerio Verçoza, Sigmar Gonçalves
Auxílio técnico: Rafael Calado
Colaboração técnica: Alexandre Sousa, Caio do Carmo, João Batista, Mauricio Marcelo, Rafael Carvalho, Raimundo Santos
Edição de texto: Flávia Lima
Edição de imagens e finalização: Rivaldo Martins
Arte: Eudes Lins e Julia Costa
O programa Caminhos da Reportagem volta a exibir episódios inéditos a partir deste domingo (23). Clique aqui e saiba como sintonizar a TV Brasil pelo canal aberto, TV por assinatura e parabólica.
Edição: Valéria Aguiar


Saúde
Covid-19: cerca de 2 milhões de pessoas no Rio não tomaram 1ª dose
Publicados
13 horas atrásem
25/06/2022Por
portalrecordnews

O Panorama Covid-19, divulgado nesta sexta-feira (24) pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro mostra um cenário de desaceleração dos indicadores precoces da doença. Embora os dados ainda apresentem crescimento, já é possível observar uma tendência de queda. A análise considera os dados registrados na semana de 13 a 18 de junho.
O secretário de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe, alerta que “aproximadamente 1,5 milhão de pessoas ainda não retornaram aos postos para completar o esquema vacinal primário (2ª dose) e cerca de 2 milhões ainda não receberam nenhum imunizante.
“A vacina é a melhor forma que temos para prevenir as formas graves e os óbitos por covid-19. Fazemos um apelo para que a população procure os postos de saúde para se vacinar”, afirmou.
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, os atendimentos a casos de síndrome gripal nas Unidades de Pronto Atendimento da rede estadual (UPAs) aumentaram 6% em relação à semana anterior. Na semana de 6 a 12 de junho, a média diária de atendimentos foi de 568, sendo 261 pediátricos. Já entre os dias 13 e 18 de junho, a média diária foi de 604 atendimentos, sendo 244 pediátricos.
A nota diz ainda que na última semana, foram realizados em média 6.620 testes de antígeno por dia, sendo a positividade de 34%. Em relação ao RT-PCR, estão sendo analisados em média 370 exames por dia, com positividade de 36%. Na semana de 06 a 12 de junho, a positividade dos testes de antígeno estava em 30% e a dos exames de RT-PCR, em 28%.
Quanto às solicitações de leito para tratamento da covid-19, a média diária foi de 18 para UTI e 13 de enfermaria. Na semana de 6 a 12 de junho, foram 13 solicitações para UTI e 14 de enfermaria. O mesmo padrão pode ser observado no número de pessoas aguardando um leito. A média diária é de 34 UTI e 25 para enfermaria. Importante ressaltar que a fila é dinâmica e, ao longo das 24h, pessoas entram e saem dessa fila.
Para consultar o Panorama Covid, como número de internações, óbitos e taxa de cobertura vacinal, basta acessar o Painel de Monitoramento da Covid-19.
Edição: Pedro Ivo de Oliveira


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