POLÍTICA NACIONAL
Câmara aprova em primeiro turno a PEC do corte de gastos do governo
A Câmara dos Deputados aprovou, em primeiro turno, por 344 votos contra 154, a proposta de emenda à Constituição (PEC) do corte de gastos, do Poder Executivo, que traz várias medidas para diminuir a despesa obrigatória federal, como:
- a diminuição gradativa do público alvo do abono do PIS/Pasep;
- a prorrogação da Desvinculação de Receitas da União (DRU); e
- a proibição de vincular receitas a despesas em patamares acima dos limites do arcabouço fiscal.
Veja como votaram os deputados
O Plenário deve analisar em seguida requerimento para dispensar o intervalo de cinco sessões para a votação em segundo turno da PEC.
A PEC 45/24 faz parte do esforço do governo de controlar o crescimento de despesas obrigatórias (pessoal, programas sociais, por exemplo) a fim de sobrar espaço para as despesas discricionárias (que o governo pode optar por realizar ou não). Para acelerar sua tramitação, a proposta está sendo analisada em conjunto com a PEC 31/07, sobre tema semelhante.
O texto aprovado é uma emenda apresentada pelo relator, deputado Moses Rodrigues (União-CE), com o apoio da maior parte das lideranças de partidos com grandes bancadas.
As principais mudanças feitas pela emenda foram nos gastos do Fundeb e nos supersalários.
Acordo
Após acordo com líderes do governo e da oposição anunciado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), os partidos concordaram em aprovar destaque do PL e retirar do texto a restrição de deduções para comprovar renda do interessado em receber o Benefício de Prestação Continuada (BPC). O texto rejeitado restringia essas deduções apenas àquelas previstas em lei, tanto na concessão administrativa quanto na judicial.
O motivo é que a regra consta também do Projeto de Lei 4614/24, que será votado em seguida. Na votação do projeto, a oposição se comprometeu a não apresentar pedido de votação em separado da regra.
O outro destaque votado e rejeitado, do Psol, pretendia retirar o redirecionamento de 10% da complementação da União ao Fundeb para ações ligadas a matrículas em tempo integral. Houve 143 votos contra o texto e 349 a favor.
Novas matrículas
Moses Rodrigues afirmou que as mudanças previstas na PEC sobre o Fundeb vão ampliar as matrículas para ensino em tempo integral. “Se em 2024 tivemos investimento em novas matrículas de R$ 4 bilhões, vamos aumentar quase 40% para R$ 5,5 bilhões e em 2026 vamos ter aumento para R$ 10 bilhões”, disse. Segundo o líder do PSB, deputado Gervásio Maia (PB), o relator garantiu recursos para fortalecer a escola em tempo integral.
Para o líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), o Brasil precisa do ajuste. “É preciso que todos pensemos aquilo que é melhor para a economia. O que está em jogo é o compromisso do Congresso pelo país.”
O deputado Glauber Braga (Psol-RJ) leu nota da bancada da educação do Senado criticando o relatório de Moses Rodrigues. O documento afirma que a destinação de 4% dos recursos do Fundeb para ensino integral, a partir de 2026, é “a proposta mais desastrosa de todas”. A justificativa é que recursos para pagar professores serão utilizados para custear emendas.
Porém, o relator afirmou que a mudança constitucional não obriga o uso do Fundeb para custear merenda, mas apenas permite que municípios com recursos de sobra possam usá-los para este fim. “O valor hoje por aluno é R$ 0,36, não paga nem um ovo, e R$ 0,50 para tempo integral. Estamos criando a possibilidade de o prefeito que tem recursos em seu caixa de melhorar a alimentação escolar”, disse Moses Rodrigues.
O deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), vice-líder do governo, afirmou que as propostas do Poder Executivo para o ajuste fiscal não serão suficientes para atingir o equilíbrio fiscal. Segundo ele, o problema hoje é muito maior que R$ 72 bilhões previstos pelo pacote em dois anos. “Desde dezembro de 2022 até agora tivemos crescimento da dívida de mais de 6% do PIB. Isso é mais da metade do que o Brasil precisou se endividar durante a pandemia, e sem crise”, disse.
Mais informações a seguir
Reportagem – Eduardo Piovesan e Tiago Miranda
Edição – Wilson Silveira
Fonte: Câmara dos Deputados
POLÍTICA NACIONAL
Comissão aprova projeto que reduz pela metade depósito recursal para entidades religiosas
A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados aprovou, em dezembro, proposta que concede a instituições religiosas 50% de desconto nos depósitos recursais exigidos pela Justiça do Trabalho.
Esse depósito é o valor exigido em ações trabalhistas para que se possa recorrer da decisão de primeira instância, levando o caso para órgãos colegiados, como os tribunais.
Atualmente, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que é alterada pela proposta, já permite que entidades sem fins lucrativos, empregadores domésticos, microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte paguem apenas a metade do valor do depósito recursal.
Os valores dos depósitos, definidos pelo Tribunal Superior do Trabalho, são de até R$ 13.133,46 para recurso ordinário e o dobro (R$ 26.266,92) para os demais recursos (embargo, extraordinário etc).
Foi aprovado, com emenda, o Projeto de Lei 3380/19, do deputado Jorge Braz (Republicanos-RJ). O autor argumenta que, apesar de a Constituição Federal prever imunidade tributária para as entidades religiosas, desobrigando-as de pagar tributos, esse entendimento não prevalece na aplicação do depósito recursal.
“As igrejas, na condição de entidade religiosa, são necessariamente detentoras do benefício da CLT, não pode prevalecer outro entendimento”, reforça o autor.
Relator na comissão, o deputado Ossesio Silva (Republicanos-PE) propôs emenda apenas para aperfeiçoar a redação da proposta. “Propomos uma emenda de redação para substituir o termo ‘ratificar’ por ‘incluir’, com o objetivo de refletir com exatidão a intenção legislativa de estender o benefício às instituições religiosas, garantindo maior clareza e precisão ao texto normativo”, explicou.
Próximas etapas
A proposta será ainda analisada, em caráter conclusivo, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).
Para virar lei, o texto precisa ser aprovado pela Câmara e pelo Senado.
Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei
Reportagem – Murilo Souza
Edição – Ana Chalub
Fonte: Câmara dos Deputados
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