O presidente Jair Bolsonaro disse hoje (23) que as economias emergentes foram fundamentais para a recuperação da economia internacional que teve início em 2008, motivo pelo qual mostra-se ainda mais necessária a reforma de organizações internacionais, em especial do Conselho de Segurança das Nações Unidas. A afirmação foi feita durante a 14ª Cúpula do Brics, sob a presidência pro tempore [temporariamente] da China.
Durante sua participação por vídeo conferência no encontro de cúpula do Brics, Bolsonaro lembrou que o bloco surgiu “em meio a uma das mais graves crises financeiras da história” e que, naquele contexto, “a pujança das economias emergentes mostrou-se fundamental para a recuperação da economia internacional”.
Economias emergentes
“O peso crescente das economias emergentes e em desenvolvimento deve ter a devida e merecida representação”, defendeu o presidente ao sugerir aos demais integrantes do bloco que somem “esforços em busca da reforma das organizações internacionais, como o Banco Mundial, o FMI [Fundo Monetário Internacional] e o sistema das Nações Unidas, em especial o seu Conselho de Segurança”.
O presidente acrescentou que, para o Brasil, o Brics é um sistema de cooperação baseado em “ganhos para todas as partes envolvidas e para a comunidade internacional como um todo”, e que, por esta razão, o bloco deve eleger as prioridades com responsabilidade e transparência.
“O Brics, além de representar fator de estabilidade e prosperidade no cenário internacional, deve contribuir para geração de emprego e renda e para o bem-estar de nossas populações”, complementou.
iGdeais: Por que 15% dos domicílios ainda não têm acesso à internet?
O acesso à internet no Brasil, embora bastante desigual, vem crescendo nos últimos anos. Em 2019, 71% dos domícilios acessavam a rede no nosso país. Em 2021, esse número subiu para 82%. Ainda assim, cerca de 35,5 milhões de lares ainda não estão conectados, o que representa 18% da população.
A diferença fica ainda maior se olharmos para as classes. No ano passado, 100% das famílias da classe A tinham acesso à internet, ante 98% da classe B e 89% da classe C. Já nas classes D e E, apenas 61% dos domicílios acessavam a rede.
Entre as regiões, o Nordeste é a com menos conectados: 77% da população. Em seguida, vem Norte (79%), Sul e Centro-Oeste (ambos com 83%). Sudeste é a região com mais pessoas com acesso à internet: 84%.
Pensando nisso, o iGdeias convidou o coordenador da pesquisa TIC Domicílios e analista de informações do Cetic.br|NIC.br, Fábio Storino, para debater os impasses para o acesso à internet no Brasil. Por que 18% dos domicílios brasileiros ainda não estão conectados no nosso país?
A live será mediada pelos repórteres do Brasil Econômico, João Vitor Revedilho e Dimítria Coutinho.
A pesquisa TIC Domicílios também revela que a desigualdade acontece no dispositivo utilizado para acessar a internet. Em todo o Brasil, 64% dos usuários de internet acessavam a rede apenas através do celular, taxa que cresceu bastante nas camadas mais pobres da sociedade.
Entre usuários das classes D e E, 89% acessavam a internet apenas pelo celular; na classe C, eram 67%; na classe B, 33%; e na classe A, 32%.