ECONOMIA
Bolsonaro não cumpriu promessa de corrigir tabela do IR; veja perdas
Publicados
03/08/2022ECONOMIA




Uma das promessas de campanha do presidente Jair Bolsonaro em 2018 foi isentar de Imposto de Renda quem ganha até cinco salários mínimos, que na época representava R$ 5 mil. Já eleito, Bolsonaro prometeu, em 2019, que corrigiria a tabela do IR com, “no mínimo” a inflação.
A cinco meses de terminar o mandato, o presidente não fez nem uma coisa nem outra. E, agora, afirma que vai corrigir a tabela do IR em 2023 . Em entrevista à rádio Guaíba nesta terça-feira (2), ele disse que conversou com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e que acertou uma correção para o próximo ano. Mas não detalhou como seria a mudança.
Em 2018, Bolsonaro afirmou que, além da isenção para quem ganhava até R$ 5 mil, fixaria uma alíquota única de Imposto de Renda, de 20%.
Na prática, haveria assim uma redução relativamente maior do valor a ser pago de IR para os salários mais altos, que hoje pagam alíquota de até 27,5%.
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Por exemplo, quem ganha R$ 10 mil, desconta hoje por mês (desconsiderando abatimento por dependente e INSS) R$ 1.880,63. Se a promessa eleitoral tivesse sido cumprida, o pagamento mensal de IR seria de só R$ 1.000 – ou seja, R$ 880,63 a mais no bolso do trabalhador todos os meses.
Quem ganha R$ 5 mil hoje desconta R$ 505,63 por mês (desconsiderando abatimento por dependente e INSS). Se a mudança tivesse sido aprovada, nada seria descontado do seu salário.
Bolsonaro fez a promessa eleitoral de isentar quem ganhava até R$ 5 mil, mas nunca incluiu a proposta em plano de governo.
Defasagem de 26,6%
A disparada da inflação nos últimos meses acentuou, no governo Bolsonaro, a mordida do Imposto de Renda sobre a renda dos trabalhadores. Só nos três anos e meio do mandato de Bolsonaro, a defasagem da tabela do IR chega a 26,6%, segundo estudo feito pelo Sindifisco Nacional.
A última vez que a tabela teve correção parcial foi em 2015, no governo Dilma Rousseff. Desde 1996, a defasagem já passa de 113%, nas contas da Unafisco.
“Nós temos um aumento de carga tributária brutal em cima da classe média, quase pobre, que são as pessoas que ganham mais de um salário mínimo e meio. O governo Bolsonaro, ao contrário do que prometeu, aumentou carga tributária e aumentou em cima do assalariado”, observa Mauro Silva, presidente da Unafisco Nacional.
O governo chegou a sinalizar como prioridade para o ano eleitoral de 2022 a aprovação do projeto de lei que reformaria o IR, mas por desacordo com o Congresso, a proposta não andou. O presidente tampouco tentou editar alguma medida provisória para atualizar a tabela, ação que não precisaria do aval do Congresso.
Pelas contas da Unafisco, 14 milhões de contribuintes que poderiam ficar isentos de IR pagaram o imposto este ano. Mauro ainda argumenta que é mais justo tributar renda do que consumo, mas é preciso rever a tabela para não tributar mais quem ganha menos.
“A maior parte da renda dos mais ricos é isenta no Brasil, e precisa ser mais tributada, com criação de mais alíquotas para mais progressividade”, afirma.
Em 2015, o último reajuste da tabela foi feito via MP, posteriormente convertida em lei. Naquela época, o reajuste médio na tabela do IR foi de 5,6%, sendo que o limite de isenção foi corrigido em 6,5%, subindo para R$ 1.903,98, que está em vigor até hoje.
Fonte: IG ECONOMIA


ECONOMIA
Ministro diz que desemprego cairá para 8% antes do fim do ano
Publicados
6 horas atrásem
09/08/2022Por
portalrecordnews

Atualmente em 9,3%, a taxa de desemprego pode cair para 8% antes do fim do ano com a recuperação econômica, disse hoje (9) o ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele participou, nesta noite, da abertura do congresso da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), em Brasília
“Antes de o ano acabar nós estamos descendo [a taxa de desemprego] para 8%. Vamos terminar o ano com o menor desemprego que já vimos nesses últimos 10, 15 anos”, declarou o ministro.
Na avaliação de Guedes, o Brasil está entrando num longo ciclo de investimentos. Segundo ele, a economia brasileira está em situação melhor que a de países desenvolvidos, que estão entrando em recessão, e que a de outros países latino-americanos, que estão “desmanchando”, nas palavras do ministro.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a taxa de desemprego atingiu, no trimestre encerrado em junho, o menor nível para o período em sete anos. Guedes atribuiu parte da recuperação do mercado de trabalho à melhoria do ambiente de negócios, com a redução da burocracia. “O Brasil está em um longo ciclo de crescimento. Criamos um ambiente de negócios que já tem contratos de R$ 890 bilhões. É 10 vezes o que um ministro investe”, ressaltou.
Renegociação de dívidas
Sem dar detalhes, Guedes disse que a equipe econômica pretende ampliar os programas de transação tributária (renegociação de dívidas com o governo). Segundo ele, o comércio, os serviços e o setor de eventos devem ter as mesmas possibilidades para regularizar os débitos que outros segmentos afetados pela pandemia de covid-19 tiveram nos últimos anos. Guedes disse que o modelo de transação tributária já foi desenhado pelo Ministério da Economia.
O ministro repetiu declarações recentes de que, diferentemente de outros países, o Brasil atravessou a pandemia sem que a dívida pública explodisse. “O Brasil está de pé. Atravessou duas grandes guerras”, declarou.
Em 2019, a dívida bruta do governo geral estava em 74,3% do Produto Interno Bruto (PIB). Com os gastos extras relacionados à pandemia, chegou a 88,8% em 2020. Com a recuperação da economia e o aumento da arrecadação, tem caído e está atualmente em 78,2% do PIB.
Abertura comercial
Destacando que o Brasil está com o plano de adesão à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) aprovado, Guedes afirmou que empresas europeias passaram a manifestar interesse em investir no Brasil após o início da guerra entre Rússia e Ucrânia. “Hoje, existe essa percepção e, com a guerra da Ucrânia, a ficha caiu para eles”, comentou.
Guedes disse ter conversado com um ministro francês (sem citar o nome) para pedir que a Europa abra o mercado aos produtos brasileiros. “Nosso comércio com vocês [a Europa] era de US$ 2 bilhões no início do século. Com a China foram US$ 2 bilhões também. Hoje, nós comercializamos com vocês US$ 7 bilhões. E comercializamos com a China US$ 120 bilhões”, relatou Guedes, em suas palavras, ao representante do governo francês.
“Vocês estão ficando irrelevantes para nós. É melhor vocês nos tratarem bem porque se não vamos ligar o ‘foda-se’ para vocês e vamos para o outro lado porque estão ficando irrelevantes”, acrescentou.
Edição: Fábio Massalli
Fonte: EBC Economia


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