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Após relatório, Papa promete justiça a vítimas de abusos
Publicados
21/01/2022Mundo




Um dia após a divulgação de um relatório sobre casos de pedofilia na Arquidiocese de Munique, o papa Francisco afirmou nesta sexta-feira (21) que a Igreja Católica tem o compromisso de “fazer justiça” às vítimas de crimes cometidos pelo clero.
O pontífice deu a declaração durante uma audiência com integrantes da Congregação para a Doutrina da Fé, mas sem citar a investigação conduzida na Alemanha.
“A Igreja, com a ajuda de Deus, está levando adiante o firme compromisso de fazer justiça às vítimas dos abusos praticados por seus membros, aplicando com particular atenção e rigor a legislação canônica prevista”, disse Francisco.
Um relatório divulgado na última quinta-feira (21) lista pelo menos 497 alvos de abusos sexuais na Arquidiocese de Munique e Freising entre 1945 e 2019 e aponta “comportamentos errôneos” do papa emérito Bento XVI em quatro casos.
A investigação foi conduzida pelo escritório de direito Westpfahl Spilker Wastl, a pedido da própria Igreja alemã, e diz que a maior parte das vítimas era do sexo masculino, sendo que 60% tinham entre oito e 14 anos de idade.
O relatório ainda lista pelo menos 235 agressores, incluindo 173 padres, nove diáconos, cinco referentes pastorais e 48 funcionários escolares.
Entre outras coisas, o documento diz que Bento XVI, arcebispo de Munique entre 1977 e 1982, não tomou nenhuma atitude contra quatro padres acusados de abuso sexual em sua arquidiocese.
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Um deles foi o sacerdote Peter Hullerman, transferido de Essen para Munique em 1980, após ter sido acusado de violentar um garoto de 11 anos, e que manteve suas funções pastorais apesar da denúncia.
A desculpa para a transferência era de que o sacerdote, que admitira o crime, estava passando por tratamento psiquiátrico em Munique – a denúncia não foi reportada à polícia pelas autoridades católicas.
Em 1986, já com Ratzinger no Vaticano, Hullerman seria condenado por abusar de outras crianças, porém com pena suspensa, e acabou se tornando símbolo de como a Igreja alemã tratava casos do tipo.
O relatório também diz que “não foi identificável” um eventual interesse do atual papa emérito pelas vítimas. Em declaração por escrito incluída no inquérito, Ratzinger nega as acusações e afirma que não sabia do histórico de abusos de Hullerman.
Após a divulgação do relatório de Munique, a Santa Sé afirmou que ainda não conhece o conteúdo do documento e que, nos próximos dias, “poderá examinar seus detalhes”.
“Ao reiterar o senso de vergonha e o remorso pelos abusos contra menores cometidos por clérigos, a Santa Sé assegura proximidade a todas as vítimas e confirma o caminho de proteger os menores, garantindo a eles ambientes seguros”, disse o porta-voz Matteo Bruni, sem mencionar as citações a Bento XVI.


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Sanções econômicas levam Rússia a dar calote histórico
Publicados
1 hora atrásem
27/06/2022Por
portalrecordnews

A Rússia deu calote em seus títulos soberanos estrangeiros pela primeira vez em mais de um século, disse hoje (27) a Casa Branca, uma vez que as sanções abrangentes efetivamente excluíram o país do sistema financeiro global e tornaram seus ativos intocáveis.
O Kremlin, que tem o dinheiro para fazer os pagamentos graças às receitas de petróleo e gás, rapidamente rejeitou as afirmações, e acusou o Ocidente de conduzir o país a um default (calote) artificial.
Mais cedo, alguns detentores de títulos disseram que não haviam recebido juros vencidos nesta segunda-feira após o fim de um prazo importante de pagamento um dia antes.
A Rússia tem lutado para cumprir os pagamentos de US$ 40 bilhões em títulos desde a invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro.
“A notícia desta manhã sobre a descoberta da inadimplência da Rússia, pela primeira vez em mais de um século, situa a força das ações que os EUA, juntamente com aliados e parceiros, tomaram; bem como o impacto na economia russa”, disse uma a autoridade dos EUA às margens da cúpula do G7 realizada na Alemanha.
Os esforços da Rússia para evitar o que seria seu primeiro grande calote em títulos internacionais desde a revolução Bolchevique, há mais de um século, atingiram uma barreira no final de maio, quando o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos efetivamente bloqueou Moscou de fazer pagamentos.
“Desde março achávamos que um default russo seria provavelmente inevitável, e a questão era apenas quando”, disse à Reuters Dennis Hranitzky, chefe de litigação soberana da empresa de direito Quinn Emanuel, antes do prazo de domingo.
Um calote formal seria em grande parte simbólico, uma vez que a Rússia não pode tomar empréstimos internacionais no momento e não precisa fazê-lo graças às abundantes receitas de exportação de petróleo e gás. Mas o estigma provavelmente aumentará seus custos de empréstimo no futuro.
Os pagamentos em questão são de US$ 100 milhões em juros sobre dois títulos, um denominado em dólares e outro em euros, que a Rússia deveria pagar em 27 de maio. Os pagamentos tinham um prazo de extensão de 30 dias, que expirou neste domingo (26).
O Ministério das Finanças da Rússia disse que fez os pagamentos ao seu Depositário Nacional de Liquidação (NSD, na sigla em inglês) em euros e dólares, acrescentando que cumpriu com as obrigações.
Em uma ligação com repórteres, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que a Rússia fez os pagamentos de títulos com vencimento em maio, mas o fato de terem sido bloqueados pela Euroclear por causa das sanções ocidentais à Rússia “não é problema nosso”.
Sem prazo exato especificado no prospecto, advogados dizem que a Rússia pode ter até o final do dia útil seguinte para pagar os detentores dos títulos.
Agências de classificação de crédito em geral rebaixam formalmente a classificação de um país para refletir o calote, mas isso não se aplica no caso da Rússia já que a maioria das agências já não classificam mais o país.


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