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Ações da Delegacia de Crimes Informáticos recuperam valores subtraídos de vítimas de golpes dentro e fora do estado

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Assessoria/Polícia Civil-MT

Nesta semana, a Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), realizou diversas ações em que foram recuperados parte dos valores de subtraídos de diversas vítimas dentro e fora do Estado, que caíram nesses golpes, fazendo transferências via pix para os estelionatários.

Uma das vítimas, moradora da cidade de Juína, fez transferências bancárias após cair no golpe conhecido como “intermediador de vendas”, durante a compra de uma caminhonete. A vítima fez as transferências via pix para as contas indicadas pelo suspeito e somente depois percebeu que havia caído em um golpe.

Após traca de informações entre a Delegacia de Juína e a equipe da DRCI foi possível a recuperação de R$ 6.106 subtraídos da vítima.

Em outra situação, a vítima de Sinop teve as redes sociais clonadas, ocasião em que o golpista passou simular a venda de bens se passando pela vítima, criando inclusive e-mail e um pix com o nome dela. Nesta ação, a equipe da DRCI em parceria com a Delegacia de Sinop, conseguiu recuperar R$ 3,5 mil de uma vítima que acreditou estar comprando os itens vendidos pela conhecida.

No município de Água Boa, o golpista utilizou a fotografia falsa no aplicativo whatsapp para pedir dinheiro para vítima, que fez a transferência via pix, no total de R$.3.729 para o golpista. Deste valor, a Delegacia de Repressão a Crimes Informáticos em parceria com a Delegacia de Água Boa e com o setor antifraudes do Banco do Brasil conseguiu recuperar R$ 2.957,67 subtraídos.

Em outro golpe aplicado com fotografia falsa no whatsapp, a vítima de Campo Novo do Parecis acreditou estar falando com a sua filha, que solicitou um pix no valor de R$ 1.600. Após ser acionada pela equipe da Delegacia de Campo Novo do Parecis, a DRCI conseguiu fazer o bloqueio de R$ 781 transferidos pela vítima.

Também nesta semana, a DRCI em parceria com a Polícia Civil de Roraima conseguiu recuperar mais de R$ 113 mil subtraídos das vítimas durante a transação da compra de uma fazenda, no golpe do intermediador de vendas. Veja a matéria completa: Polícias Civis de MT e RR recuperam R$ 113 mil subtraídos de vítimas em suposta compra de fazenda em Roraima

Os valores bloqueados nas contas serão restituídas as vítimas após alguns procedimentos de praxe nas agências bancárias.

Segundo o delegado titular da DRCI, Ruy Peral, as vítimas devem ficar atentas, uma vez que devido à agilidade da transferência via pix, os estelionatários conseguem fazer a transferências dos valores para outras contas muito rápido, o que dificulta o bloqueio das quantias e a localização do dinheiro.

“O sistema permite transferências rápidas e gratuitas a qualquer dia e horário, os estelionatários conseguem sacar ou movimentar a quantia rapidamente, o que tem garantido a efetividade do golpe para aqueles que aplicam. Por isso, a vítima deve estar atenta e antes de fazer a transferência e confirmar todos os dados da pessoa antes de qualquer procedimento ”, destacou o delegado.

Fonte: PJC MT

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Policial

Uso de drones na pulverização agrícola gera debate

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O uso de drones para a pulverização de defensivos agrícolas tem sido alvo de debates no Brasil, envolvendo associações de saúde pública e entidades ligadas ao agronegócio. Enquanto instituições como a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e a Fiocruz apontam riscos para a saúde humana e ambiental, pesquisas conduzidas por órgãos como a Embrapa mostram a eficiência dos drones no controle de pragas e doenças, especialmente em culturas como a soja.

Esta semana a Abrasco e a Fiocruz divulgaram um posicionamento oficial contra a pulverização aérea com drones. As entidades destacam que há “robustas evidências científicas” sobre os danos causados pela exposição a defensivos agrícolas. Citando casos de intoxicação e danos ambientais, a nota reforça os alertas apresentados em dossiês publicados entre 2015 e 2024.

O documento também defende legislações restritivas, como a Lei nº 16.820/19 do Ceará, que proíbe a pulverização aérea no estado. A medida, no entanto, voltou a ser discutida na Assembleia Legislativa, gerando preocupações em comunidades afetadas, como a Chapada do Apodi, onde foram relatados casos de câncer, malformações congênitas e outras doenças associadas ao uso de defensivos.

Segundo relatório da Comissão Pastoral da Terra (CPT), a contaminação por defensivos agrícolas em comunidades rurais aumentou quase dez vezes no primeiro semestre de 2024, sendo que 88% desses casos envolveram drones, conforme dados da Rede de Agroecologia do Maranhão (Rama).

OUTRO LADO – Pesquisas conduzidas pela Embrapa apontam que os drones são ferramentas promissoras na pulverização agrícola. Estudos realizados na safra 2020/2021 demonstraram que os equipamentos oferecem maior eficiência no controle de pragas como o percevejo-marrom e a lagarta-falsa-medideira em culturas de soja.

De acordo com os pesquisadores, os drones permitem a penetração do inseticida em partes da planta que métodos tradicionais, como tratores e borrifadores costais, não alcançam. Além disso, a tecnologia apresenta vantagens operacionais, como a possibilidade de aplicação em solos úmidos, logo após chuvas, e a redução do uso de água.

“O uso de drones melhora a precisão na aplicação, evitando o amassamento da lavoura e utilizando menos recursos, como combustíveis fósseis e água. Isso os torna ideais para áreas pequenas, locais de difícil acesso ou aplicações localizadas”, explica Samuel Roggia, pesquisador da Embrapa.

Desde 2017, o uso de drones agrícolas no Brasil é regulamentado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), com regras complementares do Ministério da Agricultura (Mapa), como a exigência de cursos específicos e registro no Sistema Integrado de Produtos e Estabelecimentos Agropecuários (Sipeagro).

Apesar dos avanços, ainda existem desafios técnicos e econômicos. Segundo os pesquisadores, gargalos como a autonomia das baterias, o custo dos equipamentos e a necessidade de informações agronômicas mais detalhadas precisam ser superados para ampliar o uso da tecnologia no campo.

O agronegócio brasileiro vê na tecnologia dos drones uma ferramenta estratégica para aumentar a produtividade e reduzir custos. No entanto, o setor enfrenta resistência de entidades de saúde e movimentos sociais que questionam os impactos ambientais e humanos.

É crucial que o debate sobre a pulverização com drones leve em conta a importância do equilíbrio entre inovação tecnológica e segurança ambiental. Para os produtores rurais, especialmente os de pequeno e médio porte, a regulamentação clara e o apoio técnico podem fazer a diferença na adoção de práticas mais eficientes e sustentáveis, fortalecendo a posição do Brasil como líder na produção agrícola global.

Fonte: Pensar Agro

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