Tecnologia
MCTI reforça plano de descentralização de investimentos em inovação durante evento na Bahia

Os projetos apoiados ou liderados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) com objetivo de descentralizar investimentos para valorizar o empreendedorismo inovador e transformar ideias em negócios de base tecnológica foram apresentados em evento de tecnologia na Bahia (BA). Entre eles, estava o Centelha, executado por meio da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Setec), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e fundações estaduais.
“O BTX 2025 é uma mobilização grandiosa, com inovações que precisam ser apresentadas. Trabalhamos para desconcentrar os investimentos e, para avançarmos, é essencial a integração entre Poder Público, setor produtivo e academia”, disse o secretário de Tecnologia e Inovação (Setec), Daniel de Almeida Filho, que representou o MCTI na abertura no evento. O encontro ocorreu de 2 a 4 de outubro, no Centro de Convenções de Salvador.
Almeida participou da abertura ao lado do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues; do diretor de inovação da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Elias Ramos; do secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-BA), Marcius Gomes; e de representantes da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), do Sistema Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas da Bahia (Sebrae) e da Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb) — responsável pela execução local do Programa Centelha, desenvolvido nacionalmente em parceria com a Fundação Certi (Centros de Referência de Tecnologias Inovadoras).
O terceiro edital do Centelha vai apoiar diretamente 50 novos empreendedores baianos, com aporte de até R$ 85 mil em cada projeto. Segundo o governador, o programa fornece “dinheiro direto na conta para tirar a ideia do papel e transformá-la em uma startup”.
Por meio de editais estaduais, o programa oferece:
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Recursos financeiros não reembolsáveis (subvenção econômica) para desenvolvimento de produtos e serviços inovadores
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Capacitação e mentoria para empreendedores
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Apoio à conexão com incubadoras e investidores
Cooperação com o MCTI
O BTX é o maior encontro de tecnologia, inovação e empreendedorismo do Nordeste, correalizado pela Secti-BA e pelo Sebrae. Os participantes debateram o papel dos recursos estratégicos no fortalecimento do ecossistema de inovação. “O evento é para que a gente possa apreciar, fortalecer e financiar o que já existe, mas também criar. Nós já temos diversas experiências vindas de escolas públicas e das universidades. Minha expectativa é que possamos, cada vez mais, consolidar a Bahia como um estado competitivo e inovador”, afirmou o governador Jerônimo Rodrigues.
De acordo com a organização, cerca de 9 mil pessoas participaram do encontro, 150 startups baianas, 12 projetos estudantis da rede estadual e 28 estandes de parceiros institucionais, entre institutos de ciência e tecnologia, incubadoras e aceleradoras. A presença do MCTI também reforçou a integração do Governo do Brasil com governos estaduais e instituições locais para uma convergência entre políticas federais e ecossistemas regionais de inovação. “Foi incrível acompanhar de perto tanta gente talentosa, startups e projetos que mostram a força da ciência”, afirmou Almeida.
Empreendedorismo tecnológico
Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Índice Brasil de Inovação e Desenvolvimento (IBID), a Bahia tem 7.526 empresas em alto crescimento, que empregam 372.660 trabalhadores. No Nordeste, o estado também lidera o ranking das empresas gazelas — consideradas jovens, de 3 a 10 anos, com taxas de crescimento superior a 20% ao ano por pelo menos 3 anos — com 429 empresas ativas, que geram 14.670 empregos formais.
Nessa transversalidade, o BTX buscou valorizar esses números e descentralizar ainda mais os investimentos em ciência, destacando a região como polo de inovação. A Startup Expo, que ocorreu durante o evento, contou com 150 startups baianas, funcionando como uma vitrine das políticas públicas de incentivo à ciência e à inovação, aproximando empreendedores das oportunidades promovidas por programas federais e estaduais.

Tecnologia
Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação do Senado debate avanços do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial

A Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação (CCT) do Senado Federal reuniu-se, nesta quarta-feira (22), para debater as iniciativas que se destacam no Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (Pbia). O objetivo da audiência pública foi a avaliação da política pública Inteligência Artificial no Brasil: Impacto das Políticas Públicas para seu Desenvolvimento e Bem-Estar da População.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação em exercício, Luis Manuel Rebelo Fernandes, apresentou a estrutura e os eixos estratégicos do plano e ressaltou o papel do governo e das instituições científicas nas ações. “Nosso objetivo é mostrar como essa revolução tecnológica pode beneficiar a população em áreas como saúde, agricultura, meio ambiente, indústria e educação”, explicou o ministro.
A secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde, Ana Estela Haddad, presente na audiência, destacou o papel do Sistema Único de Saúde (SUS) como exemplo prático de aplicação da inteligência artificial em larga escala. “O SUS não é apenas o maior sistema de saúde universal do mundo, ele é uma fonte inestimável de dados e um laboratório vivo para a inovação. A inteligência artificial pode nos ajudar a integrar informações, fortalecer a soberania digital e construir um ciclo virtuoso entre ciência, indústria e governo”, afirmou.
Já o diretor de Informações Estratégicas e Inovação do Ministério da Educação, Fernando de Barros Filgueiras, reforçou o potencial da IA para aprimorar políticas educacionais e a gestão de dados no setor. “A infraestrutura nacional de dados de educação será uma iniciativa estruturante para pensarmos a tecnologia no âmbito educacional, permitindo que União, estados e municípios compartilhem informações e fortaleçam o regime de colaboração em prol de políticas públicas mais eficazes”, destacou.
O Pbia foi elaborado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). A política busca promover o avanço científico e tecnológico, solucionar desafios nacionais e ampliar o bem-estar social, com ações estruturadas em eixos como infraestrutura tecnológica, capacitação profissional, pesquisa, inovação e governança.
O documento está estruturado em cinco eixos: infraestrutura e desenvolvimento de IA; difusão e capacitação de recursos humanos; aplicação da IA na melhoria dos serviços públicos; incentivo à inovação empresarial; e apoio à regulação e governança.
Também participaram o senador Astronauta Marcos Pontes (PL–SP), que requereu a audiência; representantes do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE); do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC); do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); e do Serviço Nacional de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), reforçando a importância da integração entre governo, ciência e setor produtivo para o desenvolvimento ético e sustentável da inteligência artificial no Brasil.
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