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90 anos da Justiça Eleitoral: conheça as atribuições das juntas eleitorais no contexto do voto eletrônico

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Com a estrutura e a organização definidas no artigo 118 da Constituição Federal de 1988, a Justiça Eleitoral brasileira completa 90 anos no dia 24 de fevereiro. Além do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no âmbito nacional, dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) na esfera estadual e dos juízes eleitorais de primeira instância, a Carta Magna também determinou a existência de juntas eleitorais para coordenar a realização da votação nas zonas eleitorais sob sua jurisdição.

Segundo o artigo 40 do Código Eleitoral, compete à junta eleitoral apurar as eleições, resolver impugnações e outros incidentes que porventura sejam registrados durante a contabilização dos votos, bem como expedir os Boletins de Urna e o diploma aos eleitos nos pleitos municipais.

As juntas eleitorais são presididas por um juiz de Direito e compostas por dois ou quatro cidadãos de notória idoneidade, nomeados 60 dias antes das eleições, após aprovação do respectivo TRE. Entre os nomeados, não podem constar candidatos ou parentes até segundo grau e cônjuges; membros de órgãos partidários; autoridades, agentes policiais e funcionários do Poder Executivo; e funcionários da Justiça Eleitoral.

Uma mesma zona eleitoral pode ter quantas juntas forem necessárias, desde que contem com juízes de Direito togados, não necessariamente da Justiça Eleitoral, para presidi-las.

Voto eletrônico

Com o advento do voto eletrônico no Brasil a partir de 1996, o trabalho das juntas eleitorais ficou bem mais fácil e ágil, uma vez que o sistema eliminou a figura da apuração manual dos votos em cédula. É o que afirma o juiz de Direito Vítor Feltrin Barbosa, da Vara de Ações Previdenciárias do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). Como juiz eleitoral da 18ª Zona Eleitoral do DF, que abrange os bairros Lago Sul e São Sebastião, ele presidiu uma junta eleitoral nas Eleições Gerais de 2018.

“Por se tratar de votação eletrônica, com o devido registro do Boletim de Urna após o encerramento, a apuração transcorre com ampla transparência aos eleitores e aos partidos políticos, que têm acesso imediato à contagem de votos, sem necessidade de escrutinadores e da impressão de cédulas. Essa situação inegavelmente evita a fraude por meios físicos, que já tanto causou traumas sociais e embates judiciais no passado”, avalia.

Da experiência como presidente de junta eleitoral, ele traz a certeza da segurança das eleições brasileiras, das quais participam diversas instituições do poder público e da sociedade civil. “Pude constatar que a lisura do processo eleitoral não foi assegurada apenas por juízes eleitorais e pelos servidores do respectivo cartório eleitoral, mas também por promotores de justiça, advogados, representantes de partidos políticos e da sociedade em geral”, recorda.

“As poucas intercorrências que surgem durante a votação são mais fácil e rapidamente resolvidas justamente graças à votação eletrônica e aos meios digitais de comunicação de dados, uma vez que a segurança da urna se garante justamente pelos inúmeros testes promovidos pela Justiça Eleitoral e pelos juízes em cada uma das zonas eleitorais do país”, conclui.

RG/LC, DM

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25.01.2022 – 90 anos da Justiça Eleitoral: função principal é de guardiã da democracia

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Fonte: TSE

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TSE cria nova Assessoria com foco no combate à desinformação

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Uma das principais preocupações da gestão do ministro Edson Fachin à frente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é o combate à desinformação. Exemplo disso é a criação da nova Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação.

A Assessoria Especial faz parte de um conjunto de ações do Programa de Enfrentamento à Desinformação, lançado em agosto de 2019 com foco nas Eleições 2020 e que se tornou permanente em agosto de 2021, após a assinatura da Portaria TSE nº 510/2021 pelo então presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso. O plano estratégico do Programa para as Eleições 2022 já está traçado.

De acordo com o assessor-chefe da nova pasta, Frederico Alvim, servidor do TSE e membro fundador da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep), o maior objetivo do Programa para este ano é intensificar o trabalho desenvolvido desde a última eleição para que a escolha dos eleitores por meio do voto seja legítima, sem interferência de campanhas difamatórias. “Estamos muito felizes com os resultados do trabalho até aqui. O Programa veio para ficar e tomou proporções maiores. O presidente Fachin entendeu que o momento era oportuno para oferecer uma estrutura permanente dentro do Tribunal”, ressalta.

A criação da nova Assessoria também tem relação com a identificação, pelo próprio TSE, da necessidade de adoção de um marco de trabalho específico para a (re)construção da reputação positiva da Corte perante a opinião pública, que deverá ser lançado em breve. “Aqui, além da defesa das instituições eleitorais, trabalharemos para reforçar nossos valores, que se pautam na excelência e no profissionalismo de todos que integram a Justiça Eleitoral, bem como no alto grau de confiabilidade das eleições que planejamos e entregamos”, destaca Alvim.

Ainda segundo ele, a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação trabalhará com um novo Programa de fortalecimento institucional da Corte, feito a partir da gestão da imagem da Justiça Eleitoral. “Há 90 anos, prestamos diversos serviços de qualidade e, em função disso, nossa equipe foi montada de forma variada, multidisciplinar, com profissionais de Tecnologia, Comunicação e Ciência Política, tudo com vistas a reforçar a eficiência do nosso programa e a imagem positiva construída pelo TSE ao longo desse tempo”, completa.

JM/LC

Fonte: TSE

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